A morte do apresentador Cid Moreira, aos 97 anos, trouxe à tona discussões sobre a divisão de sua herança, especialmente devido à exclusão de seus filhos, Rodrigo e Roger, do testamento. O documento deixado por Cid deserdou os dois filhos e destinou todos os seus bens à sua viúva, Fátima Sampaio.
No entanto, segundo especialistas, o testamento pode ser contestado e anulado por um juiz, que poderá reconsiderar a inclusão dos filhos na divisão dos bens. No Brasil, os filhos são considerados herdeiros necessários, o que significa que, em casos de herança, eles têm direito a uma parte do patrimônio do falecido.
Cid excluiu filhos do testamento
A exclusão dos filhos só é possível em situações muito específicas, como quando há provas de que eles tenham cometido atos graves contra o pai, como crimes dolosos ou outras ofensas. No caso de Cid Moreira, a viúva precisará entrar na justiça e provar que os filhos são indignos de receber a herança, conforme determina a lei.
Ainda assim, essa é uma batalha jurídica delicada. Caso o testamento seja anulado, Rodrigo e Roger terão direito à sua parte da herança. De acordo com o advogado da família, o patrimônio de Cid Moreira está avaliado em cerca de R$ 60 milhões. Os filhos, que já haviam se distanciado do pai há alguns anos, entraram com o pedido de abertura do inventário logo após a morte do apresentador, em uma tentativa de garantir sua parte nos bens.
Desejo de Cid Moreira
Fátima Sampaio, que foi casada com Cid por mais de duas décadas, afirmou que o testamento reflete o desejo legítimo do marido, que tinha seus motivos para deserdar os filhos. No entanto, a justiça brasileira tende a seguir a legislação que protege os herdeiros necessários, e essa disputa deve se arrastar por meses até uma decisão final.