Cid Moreira e Fátima Sampaio eram casados em separação total de bens; filhos recorrem à Justiça pela herança

Um novo capítulo da sucessão patrimonial de Cid Moreira foi iniciado com a notícia da existência de um testamento que exclui os próprios filhos.

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O óbito do jornalista Cid Moreira (1927-2024), registrado na última quinta-feira, dia 03 de outubro, resultou em uma grande polêmica por conta da sucessão patrimonial, reacendendo as desavenças familiares que o veterano enfrentou contra os próprios filhos nos anos finais de sua existência. Há pouco tempo, Roger e Rodrigo Moreira, os únicos filhos vivos, acionaram a Justiça contra a atual companheira dele, Fátima Sampaio, acusando-a de dilapidação patrimonial.

De acordo com as acusações dos filhos, a última companheira de Cid Moreira teria desviado o patrimônio por meio de supostas vendas de vários imóveis, por valores abaixo dos praticados pelo mercado imobiliário, além de supostas falsificações de assinaturas e de distribuição de parte da fortuna do comunicador para o nome dela e de familiares. Os filhos perderam a ação, e o jornalista ficou o tempo todo ao lado de Fátima Sampaio, rompendo de vez o vínculo com os rapazes.

Cid Moreira e Fátima Sampaio se casaram em separação de bens

Em entrevista concedida ao jornal Estadão, o advogado Ângelo Carbone, que advoga para Roger e Rodrigo Moreira, disse que Cid Moreira e Fátima Sampaio eram casados em separação total de bens. A imposição seria legal, uma vez que pessoas idosas não podem se casar com comunicabilidade de bens, em razão de serem consideradas vulneráveis.

Por isso, o advogado sustenta que Fátima Sampaio não teria direito à herança, surgindo a manobra testamentária. “Justamente por isso, ele manifestou em testamento público, motivadamente, a vontade de deserdar os dois filhos, com base na indignidade prevista no Código Civil brasileiro, excluindo-os da sucessão”, disse.

Filhos de Cid Moreira movem ação na Justiça

Apesar da existência do testamento, os filhos de Cid Moreira moveram uma ação na Justiça pleiteando a abertura do inventário para a posterior partilha dos bens deixados pelo patrimônio do jornalista. Os filhos disseram não saber o valor dos bens, razão pela qual atribuíram à causa o valor de R$ 100 mil.