Luto na Globo: após Cid Moreira, outro grande nome da emissora falece e vira notícia no Jornal Nacional

Ator de 88 anos faleceu nesta sexta-feira (4) e recebeu homenagem no Jornal Nacional.

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O Brasil perdeu um dos maiores talentos de sua dramaturgia nesta sexta-feira (4). Emiliano Queiroz, ator cearense de 88 anos, faleceu após sofrer uma parada cardíaca. Com uma carreira extensa, marcada por mais de 300 personagens, Emiliano construiu um legado que atravessou gerações.

A notícia repercutiu em todo o país durante a tarde e foi levada ao ar durante o Jornal Nacional, com William Bonner destacando a importância do ator no cenário artístico nacional. O talento de Emiliano foi percebido cedo por sua mãe, ainda em Aracati, no Ceará, quando ele tinha apenas seis anos. 

Carreira na TV

O jovem artista iniciou a carreira no teatro escolar e, posteriormente, no rádio. Sua jornada o levou de Fortaleza a São Paulo, para onde, com recursos limitados, ele viajou a bordo de um caminhão, uma espécie de pau-de-arara, para buscar melhores oportunidades.

A estreia na TV Globo aconteceu em 1965, e a partir de então, Emiliano Queiroz participou de mais de 70 novelas, seriados e minisséries. Um de seus personagens mais icônicos foi Juca Cipó, da novela Irmãos Coragem, em 1971. Contudo, foi com Dirceu Borboleta, em O Bem Amado, que ele deixou uma marca na memória do público brasileiro. A gagueira característica do personagem surgiu de forma espontânea durante as cenas, fruto da interação criativa com o ator Paulo Gracindo, e se tornou um dos elementos mais memoráveis da produção.

Carreira de sucesso no teatro

Emiliano também fez história no teatro brasileiro ao interpretar a travesti Geni na primeira montagem da Ópera do Malandro, de 1978. Sua performance foi tão marcante que inspirou Chico Buarque a compor uma canção especialmente para o personagem. A capacidade de Emiliano de se transformar em diferentes papéis foi uma de suas grandes qualidades, o que o tornou um dos atores mais respeitados e queridos do país.