O jornalista Cid Moreira, que faleceu na manhã desta quinta-feira, dia 3 de outubro, ficou marcado na história da televisão brasileira por ter sido o primeiro âncora do Jornal Nacional, o principal produto jornalístico da Rede Globo, ao longo de aproximadamente 27 anos. Ele estreou no dia 1º de setembro de 1969, ao lado de Sérgio Chapelin, e permaneceu no cargo até a década de 1990.
Durante todos esses anos de trabalho prestado à Rede Globo, Cid Moreira enfrentou perrengues e episódios inusitados. Em uma entrevista concedida no passado, o jornalista contou que, em 1976, precisou deixar a bancada do Jornal Nacional às pressas por conta de um princípio de incêndio nos estúdios da emissora no Rio de Janeiro.
Princípio de incêndio atingiu o estúdio do Jornal Nacional na década de 1970
Em participação no programa Altas Horas, comandado por Serginho Groisman, em 2020, o jornalista relembrou o incidente. Segundo ele, o ar-condicionado deu início ao princípio de incêndio. “Na época, o ar-condicionado não era lá essas coisas, e um plástico encostou na luminária muito quente, começando um princípio de incêndio”, relembrou.
Cid Moreira e Sérgio Chapelin deixaram a bancada às pressas
Cid Moreira recordou que, na ocasião, ele e Sérgio Chapelin ficaram sem reação ao se deparar com o incêndio. Depois de olharem um para o outro por algum tempo, decidiram deixar a bancada às pressas, com a produção do noticiário mantendo o lettering “JN” na tela enquanto eles saíam tossindo.
“Até que botaram o lettering, ‘JN’, e a gente saiu tossindo”, relembrou. Como resultado do incêndio, o Jornal Nacional passou a ser exibido de um novo cenário em São Paulo por cerca de três meses.