O jornalista Cid Moreira, que faleceu nesta quinta-feira, dia 3 de outubro, em Petrópolis, no Rio de Janeiro, havia refletido sobre temas ligados à vida e ao fim físico dela antes de sua partida. Em uma entrevista concedida à revista Quem em 2022, realizada pelo repórter Rafael Godinho, o ex-âncora do Jornal Nacional expressou sua visão sobre o término da vida, afirmando que o prolongamento artificial de sua existência por meio de aparelhos não integrava seus desejos para o fim de sua jornada.
Durante a conversa, Cid Moreira destacou que os pensamentos sobre a fim da vida não ocupavam sua mente, mesmo após ter recebido o diagnóstico de insuficiência renal naquele ano. Segundo ele, não fazia parte de seus planos tratar a condição, embora tivesse iniciado o tratamento com diálise.
O jornalista refletiu também sobre a continuidade da vida por meio do uso de aparelhos, afirmando que essa hipótese não estava em seus planos, pois não queria viver dessa forma. “Sou contra esse negócio do cara ficar com sobrevida em aparelho. Tira o aparelho e a pessoa está morta, vegetando. Não quero ficar assim”, declarou.
Cid Moreira viveu situação parecida com a própria mãe
Essa visão estava profundamente influenciada pelo que ele havia vivido com sua mãe, que também precisou de acompanhamento médico em seus últimos momentos de vida. Para Cid Moreira, os tratamentos tornaram-na muito frágil. “Minha mãe parecia um trapo. Eu vivi isso de perto. Por isso optei pelo tratamento em casa”, afirmou o jornalista sobre as diálises que passaria a fazer em seu lar.
Cid Moreira foi internado com pneumonia
Em entrevista concedida ao programa Encontro com Patrícia Poeta na manhã desta quinta-feira, a viúva de Cid Moreira relatou que o jornalista havia sido internado com um quadro de pneumonia. Apesar de ter dado entrada no hospital com problemas respiratórios, sua saúde fragilizada pela idade culminou em um quadro de falência múltipla de órgãos, levando ao seu falecimento.