O presidente do Brasil, Luiz Inácio Lula da Silva, do PT, se manifestou nesta quinta-feira, 3 de outubro, sobre o falecimento do jornalista Cid Moreira, aos 97 anos. O comunicador, primeiro âncora do Jornal Nacional, da Rede Globo, passou seus últimos dias internado em um hospital em Petrópolis, na Região Serrana do Rio de Janeiro. Inicialmente diagnosticado com pneumonia, o quadro de saúde piorou, resultando em falência múltipla de órgãos.
Em nota, Lula descreveu Cid Moreira como o “dono de uma voz única e poderosa”, destacando a relevância do jornalista na história da televisão brasileira. O presidente lembrou das inúmeras locuções feitas pelo jornalista, incluindo o célebre trabalho de gravação da Bíblia Sagrada, e prestou solidariedade à família, amigos e admiradores.
“Dono de uma voz única e poderosa, Cid se destacou pelas inúmeras locuções, sendo a mais célebre delas as gravações da Bíblia Sagrada. Meus sentimentos aos familiares, amigos, colegas e admiradores de Cid Moreira. Seu legado no jornalismo e na televisão brasileira será eternamente lembrado”, afirmou Lula.
Cid Moreira apresentou o Jornal Nacional cerca de oito mil vezes
Cid Moreira foi uma das vozes mais icônicas do telejornalismo brasileiro. De acordo com o projeto Memória Globo, o jornalista apresentou o Jornal Nacional em cerca de oito mil ocasiões. Nascido em Taubaté, no Vale do Paraíba, em 1927, o jornalista havia celebrado 97 anos no último 27 de setembro.
Resumo da trajetória de Cid Moreira
Sua carreira começou em 1944, quando foi incentivado por um amigo a fazer um teste na Rádio Difusora de Taubaté. De 1944 a 1949, Cid Moreira foi locutor de comerciais e, depois, se mudou para São Paulo, onde trabalhou na Rádio Bandeirantes e na Propago Publicidade. Em setembro de 1969, fez sua estreia no Jornal Nacional, cargo que ocupou por décadas. Após deixar a bancada, o jornalista se dedicou à locução de reportagens especiais para o programa Fantástico.