Deolane Bezerra teria utilizado a mesma técnica do PCC para lavar dinheiro de origem ilícita, diz Coaf

Deolane Bezerra continua detida em um presídio no Estado de Pernambuco, assim como a sua mãe, Solange.

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Deolane Bezerra e sua mãe, Solange, são investigadas pela PCPE (Polícia Civil do Estado de Pernambuco) pelo suposto envolvimento em uma quadrilha que atuaria lavando dinheiro, supostamente oriundo de jogos de azar. Para movimentar os lucros sem levantar suspeitas, os envolvidos utilizariam um método conhecido como smurfing – o mesmo que seria utilizado pelos integrantes do PCC (Primeiro Comando da Capital) para o mesmo fim.

Segundo a PCPE e o Coaf (Conselho de Controle de Atividades Financeiras), órgão vinculado ao governo federal do Brasil, Deolane Bezerra e os demais investigados teriam realizado transações financeiras consideradas atípicas com 34 empresas, além de pessoas físicas, incluindo depósitos em dinheiro vivo, de forma fracionada. Nesse sentido, entraria a prática do smurfing, por meio do qual um grande volume em dinheiro é diluído em pequenos depósitos na intenção de esconder a realidade das autoridades fiscalizadoras.

Deolane Bezerra e outros acusados teriam lavado dinheiro em bens de luxo

Ainda de acordo com as investigações, as provas produzidas até o momento indicariam que Deolane Bezerra e os demais investigados teriam lavado dinheiro por meio de outras transações, incluindo a aquisição de propriedades e carros de luxo, além de realizarem loterias online.

Relatório do Coaf contribuiu com as investigações da PCPE

De acordo com o Coaf, embora Solange Bezerra declarasse rendimentos mensais na casa dos R$ 10 mil, suas movimentações financeiras estariam na casa dos R$ 480 mil entre os meses de dezembro de 2022 e janeiro de 2023, situação que despertou a atenção do órgão de inteligência. A partir disso, foi confeccionado um relatório que contribuiu para que a PCPE apurasse o suposto envolvimento na lavagem de dinheiro.

“Ela movimentava valores acima de sua capacidade financeira, com alta fragmentação nas contrapartes e rápida evasão de recursos”, analisou o documento.