Renascer: esse é o detalhe que fez Inocêncio ter sido um ótimo pai para todos, menos para seus filhos

O remake da novela das nove da Globo chega ao fim na noite desta sexta-feira (6).

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Os telespectadores que estão acompanhando o remake de Renascer testemunharão, no último capítulo, que José Inocêncio (Marcos Palmeira) encerrará sua jornada na novela das nove como um pai que falhou em se conectar com seus filhos.

Ao longo da trama, o fazendeiro demonstrou ser mais hospitaleiro e carinhoso com os agregados e estranhos que apareciam em sua casa do que com seus próprios herdeiros. Essa distância emocional marcou sua relação com os quatro filhos e será um dos principais arrependimentos que ele levará consigo em seus últimos momentos.

Inocêncio sempre foi distante dos filhos

Segundo Fernanda Lopes, colunista do Notícias da TV, o luto profundo pela morte de Maria Santa (Duda Santos) e o ressentimento que carregou por grande parte da vida foram fatores que o afastaram dos filhos, especialmente de João Pedro (Juan Paiva). O caçula sempre se julgou o responsável pela morte de Santinha por conta do pai, o que agravou ainda mais o distanciamento entre os dois. Inocêncio nunca considerou o impacto de sua ausência e frieza no desenvolvimento dos filhos e nas escolhas equivocadas que fizeram ao longo da vida.

José Inocêncio acolhia todos, menos os próprios filhos

Ao longo dos capítulos, foi notável como o fazendeiro conseguia oferecer mais empatia e compreensão a pessoas que não faziam parte de sua família. Buba (Gabriela Medeiros), por exemplo, foi prontamente acolhida por ele, mesmo sabendo que ela havia sido o pivô de um relacionamento complicado com José Venâncio (Rodrigo Simas). A revelação de que Buba era uma mulher trans também não abalou o carinho incondicional que Inocêncio nutria por ela, tratando-a como uma filha desde o momento que entrou na fazenda.

Teca (Lívia Silva), neta de Marianinha (Gabriella Cristina), foi outra personagem que recebeu a generosidade de José Inocêncio. Sem saber, ele a acolheu sem questionamentos, mesmo desconhecendo sua ligação com Maria Santa. Com o tempo, a verdade sobre seu parentesco veio à tona, mas desde o início, ela foi tratada com afeto, algo que seus filhos biológicos raramente experimentaram.

A lealdade de Damião (Xamã) também surgiu de uma relação construída à base da generosidade do coronel. Enviado à fazenda para matar Inocêncio, o capanga acabou sendo acolhido e transformado em um fiel aliado. Mesmo quando passou a trabalhar para Egídio (Vladimir Brichta), Damião manteve o respeito e a lealdade para com o fazendeiro, demonstrando o impacto positivo que o acolhimento de Inocêncio teve em sua vida.

Com Mariana (Theresa Fonseca), o fazendeiro também demonstrou generosidade, mesmo sabendo que ela inicialmente tinha intenções de vingança pela morte de seu avô, Belarmino (Antonio Calloni). O casamento foi uma forma de impedir que ela o matasse, mas após o divórcio, ele ainda a beneficiou com terras, sendo mais indulgente com ela do que com seus próprios filhos.

No entanto, todas essas demonstrações de generosidade para com estranhos contrastam com a frieza que Inocêncio reservou para seus filhos. Ele os tratava com severidade, e qualquer prova de afeto era concedida apenas quando eles provavam ser dignos de assumir os negócios da família. A ausência de carinho e apoio ao longo dos anos moldou a relação difícil entre eles.

José Inocêncio se despedirá de Renascer com uma redenção tardia. No leito de morte, ele pedirá desculpas a João Pedro por tê-lo rejeitado durante tantos anos, reconhecendo sua falha como pai. Esse pedido de perdão, embora tardio, será a única forma de reconciliação entre pai e filho, marcando o fim de uma trajetória marcada por ressentimentos e falta de afeto.