A recente morte de Silvio Santos e Delfim Netto levantou uma polêmica sobre os legados dessas figuras públicas. O ator Pedro Cardoso, conhecido por seu papel como Agostinho Carrara em “A Grande Família”, expressou sua opinião crítica sobre as homenagens que ambos têm recebido após suas mortes. Em suas redes sociais, Cardoso questionou os elogios póstumos e relembrou o suposto envolvimento de Silvio Santos e Delfim Netto com a ditadura militar brasileira.
Cardoso argumentou que as ações públicas dessas figuras já falam por si e que o papel de ambos durante o regime militar foi degradante. Ele destacou que “a verdade tem que ser dita” e afirmou que tanto Silvio quanto Delfim se beneficiaram diretamente da ditadura, o que os ajudou a enriquecer e consolidar suas influências. Para o ator, o que os tornou ricos e poderosos não foram suas qualidades, mas sim suas fraquezas éticas e o apoio ao regime ditatorial que o país enfrentou durante anos.
Pedro Cardoso também não poupou Elon Musk
O ator também ressaltou que, apesar de reconhecer a dor das famílias que perderam seus entes queridos, é necessário resistir à tentativa de redenção que surge após a morte dessas figuras. Pedro Cardoso afirmou que permitir que elogios póstumos sejam feitos sem contestação contribui para uma distorção histórica que pode legitimar outros servidores de regimes autoritários no futuro.
Além das críticas direcionadas a Silvio Santos e Delfim Netto, Pedro Cardoso também comentou sobre o empresário Elon Musk. Ele comparou Musk aos dois brasileiros, sugerindo que o bilionário, em sua visão, também trabalha por um mundo autoritário. Em um tom provocativo, o ator mencionou a suposta saída de Musk do Brasil, sugerindo que, se isso realmente ocorresse, seria uma saída tardia.
Silvio Santos e a política no Brasil
Silvio Santos, ao longo de sua vida, manteve uma postura de boa relação com diferentes governos, inclusive durante a ditadura militar, período em que seu canal, o SBT, transmitiu mensagens de apoio ao regime. Já Delfim Netto, economista de renome, comandou a economia brasileira como ministro da Fazenda durante uma significativa parte dos anos da ditadura, o que solidificou sua influência política no país.