José Bonifácio de Oliveira Sobrinho, popularmente conhecido como Boni, lançou recentemente seu novo livro de memórias intitulado O Lado B de Boni. Nesta obra, Boni revisita pela terceira vez sua carreira na televisão brasileira e não hesita em revelar opiniões sobre antigos colegas de trabalho. Um dos aspectos mais marcantes do livro é a forte mágoa que ele ainda sente em relação à sua demissão da Globo.
Nesta nova autobiografia, Boni revisita o início de sua carreira na televisão, relembrando sua trajetória desde o estágio até seus 30 anos de atuação na Globo. Embora tenha deixado a emissora em 1998, ele admite que ainda carrega uma profunda mágoa em relação ao modo como foi dispensado, descrevendo a experiência como um verdadeiro “pontapé na bunda”, em suas próprias palavras.
Boni contou os bastidores da sua saída da Globo
No livro, Boni compartilha detalhes sobre a complicada relação que teve com os donos da Globo, a família Marinho. Ele critica diversas decisões polêmicas da emissora ao longo dos anos, incluindo a contratação de militares para gerenciar a empresa durante a ditadura e a demissão de colegas importantes. No entanto, o que mais o incomoda é a maneira como ele próprio foi desligado da Globo, que ele considera injusta e desrespeitosa.
Boni relata em seu livro, conforme divulgado pela Folha, que ele e os Marinho haviam combinado trocar cartas civilizadas, mas no dia seguinte foi surpreendido com uma matéria maldosa no Globo, sem respeito pelo que ele havia feito pela empresa. Em outro trecho, ele descreve sua demissão como uma verdadeira expulsão.
Boni declarou que foi expulso da emissora carioca
“Depois de 31 anos trabalhando pra construir a TV Globo, fui barrado na festa. Ou melhor: fui expulso da sala”, disse Boni lamentando a falta de reconhecimento. Ele comparou sua saída com a de outros colegas, alguns dos quais, apesar de terem cometido erros, receberam cerimônias de despedida com honras da direção do canal.