Game of Thrones estreou com uma grande vantagem sobre as demais séries: seu escritor, George Martin, foi roteirista de Hollywood durante décadas, então seu pensamento mesmo em forma de livro já estava pré-formatado para as telas. Assim, ritmo, direção e produção já tinham um forte encaminhamento e com isso não necessitavam de tantos ajustes, especialmente no começo.
O primeiro capítulo das Crônicas de Gelo e Fogo se inicia com a misteriosa aparição de corpos gelados de olhos brancos, causando terror suficiente para que patrulheiros quebrem seus votos e paguem caro por isso.
E na esteira dessa aparição, começam a ser apresentados os personagens e as casas reais que comandam o continente fictício de Westeros. Starks, Lannisters, Baratheons e Targaryen são as casas que ganham destaques nessa primeira temporada, com seus líderes e suas caraterísticas próprias.
Logo de início a série consegue ser cativante e vai deixando pelo caminho migalhas importantes que os expectadores mais antenados conseguirão conectar com os acontecimentos futuros. Se não todos os desdobramentos, a maioria deles já é desfiado e insinuado em um primeiro momento, o que confere ainda mais credibilidade ao enredo, que claramente já foi traçado em linhas gerais desde o início.
Relações íntimas, sangue, traições, batalhas e um casting formidável de muitos atores que até então eram desconhecidos do grande público faz com que Game of Thrones justifique seu espaço como seriado de maior sucesso de todos os tempos, terminando de forma absolutamente dramática sua primeira temporada, que se inicia com os White Walkers e termina com a volta dos Dragões.