Creed: Nascido para Lutar é um filme que vem na esteira de grandes remakes, reboots e continuações, mas não decepciona nenhum fã do material original e ainda arremata novos entusiastas para a clássica franquia.
Agora no papel de treinador, Sylvester Stallone parece extremamente confortável em uma atuação segura e carismática. Na verdade, isso lhe poupa de uma de suas maiores batalhas, que com riqueza cênica e dramática, o faz roubar a cena de um jovem ator muito promissor no papel do filho de Apolo Creed – Michael B. Jordan. O ator que fez parte do fracasso retumbante do também remake, Quarteto Fantástico, consegue mostrar todo seu potencial como Adonis Creed, se tornando merecidamente o novo rosto da série de luta.
Um filme que mantém o “espiríto Underdog” que marcou a série Rocky – Um Lutador mas com um timming e direção mais modernos e corridos, que minimizam as falhas e potencializam a história, com uma interessante inversão de papéis para quem viu a franquia. Se Rocky, como jovem promissor desafiou o campeão Creed, e depois ao tomar seu lugar o teve no seu corner como treinador, agora é a vez de Rocky Balboa olhar para trás e assumir seu lugar no corner, ensinando tudo que aprendeu ao jovem desafiante e filho de seu antigo rival e amigo, Adonis Creed.
Estando livre de alguns pesos mortos da história original, como Polly e Adrian, bem como de questões datadas como a Guerra Fria nos ringues, Creed: Nascido Para Lutar se torna um dos melhores filmes da série de Rocky Balboa, só perdendo para a trilogia original.