Adriana Araújo, apresentadora do Jornal da Band, expressou de forma contundente sua posição ao vivo nesta quinta-feira (13), discutindo o projeto de lei PL 1904/24, que tem gerado debates intensos nas redes sociais por propor equiparar o aborto a casos de homicídio em todo o Brasil.
A âncora do telejornal considera inaceitável a proposta de punir mulheres vítimas de estupro, especialmente diante dos alarmantes dados anuais divulgados sobre o tema. A jornalista começou expressando sua indignação com o projeto que os deputados tentam aprovar rapidamente, chamando-o de indecoroso. Adriana Araújo destacou que, nos 7 minutos em que o Jornal da Band estava cobrindo o assunto, o Brasil registrou mais um estupro, evidenciando sua preocupação e crítica em relação à priorização legislativa.
Adriana Araújo disse não concordar com o projeto de lei
Adriana Araújo denunciou um verdadeiro massacre ocorrendo contra as meninas pobres do país. Ela ressaltou que, de cada 10 estupros, 6 são cometidos contra meninas por parentes, dentro de suas próprias casas, expressando seu profundo descontentamento com a situação.
A Apresentadora do Jornal da Band, Adriana Araújo comentou sobre o polêmico PL do Aborto e disse que "é preciso impedir essa barbárie". pic.twitter.com/RX1aQrAP2n
— Band Jornalismo (@BandJornalismo) June 14, 2024
Segundo a jornalista, quando pais, tios, padrastos se tornam agressores, o Estado se omite, os deputados se calam, e os estupradores, muitas vezes reincidentes, evitam frequentemente a justiça, ao contrário das vítimas que agora querem enviar para o banco dos réus. Os deputados falam em nome da fé, como se tivessem um mandato de Deus. Mas, ao longo da história, atrocidades já foram cometidas em nome de Deus. “É preciso impedir essa barbárie contra as meninas do Brasil”, finalizou.
Saiba mais sobre a lei criticada por Adriana Araújo
O projeto de lei PL 1904/2024, de autoria do deputado Sóstenes Cavalcante (PL-RJ), visa alterar o Código Penal Brasileiro para equipar o aborto realizado após 22 semanas de gestação ao crime de homicídio. Se aprovado, o projeto imporá penas mais rigorosas para quem cometer aborto, incluindo reclusão de 20 anos, e permitirá que o juiz possa mitigar ou não aplicar a pena, dependendo das circunstâncias individuais do caso. A proposta também estabelece que o procedimento de aborto após 22 semanas não deve ser feito com assistolia fetal, e que a pena para aborto ilegal será a mesma prevista para homicídio simples.