Velocipastor vira fenômeno da internet após piadas e memes

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A sinopse do filme certamente é o maior chamariz de todos: “Após a perda de ambos os pais, um padre viaja para China, onde herda um misterioso amuleto que o permite se transformar em um dinossauro. Inicialmente aterrorizado pelo seu novo poder, ele conhece uma garota de programa que o convence a usar este dom para enfrentar o crime. E ninjas”. 

A total e absoluta utilização de frases que não fazem o menor sentido juntas desperta uma grande curiosidade sobre um filme cuja própria definição parece obscura: trash? Comédia? Indie? Slash? Ele existe mesmo? Alguém teve coragem de fazer isso? Velocipastor é um misto de tudo. Idealizado durante 7 anos pelo Diretor/Produtor/Roteirista (sabe-se lá Deus como), o filme traz um intricado enredo que demanda toda a atenção do espectador para que se consiga entender o fio da meada.

Não raro é necessário voltar um pouco para entender porque o padre estava no Vietnam e agora está exorcizando um pastor. E isso não é spoiler. Por definição spoiler é o que estraga o filme. Mas não há como se estragar o que já está estragado. 

O enredo segue exatamente a Sinopse, quase que em tempo real. Tudo isso acontece em menos de 10 minutos. E os ninjas são absolutamente desnecessários (como se um padre virando um dinossauro de plástico fosse necessário em qualquer universo). Ninjas são legais e a colocação dos ninjas no enredo (e no filme) só serve para tentar deixar o filme mais legal, com algum sucesso, afinal quem não gosta de ninjas?   

Em resumo, Velocipastor é um tipo de exercício de curiosidade mórbida, um gosto pelo grotesco e pelo non-sense, ou apenas uma chance de ver algo totalmente despretensioso sem a necessidade de maiores reflexões, com um enredo de menos de 10 pessoas que mais parecem atuar numa peça de colégio e com defeitos especiais que fariam um millenial corar. É tão ruim que acaba por ser divertido.