A presença de celebridades no Big Brother Brasil, um dos reality shows mais populares do país, sempre gerou debates intensos sobre a dinâmica e a pressão envolvida. Tiago Leifert, ex-apresentador do programa, trouxe à tona uma reflexão importante sobre a participação desses famosos, especialmente no que diz respeito aos integrantes do camarote, uma inovação que misturou personalidades públicas com anônimos no jogo.
Leifert, que estava à frente do programa durante a introdução dessa nova dinâmica, sugere que a TV Globo deve reconsiderar e aprimorar a forma como os famosos são integrados no BBB.
Cancelamentos e desistências no BBB
A discussão começou a ganhar força após o incidente com Karol Conká em 2021, um episódio de cancelamento que reverberou fortemente fora da casa e gerou questionamentos sobre o impacto psicológico do programa nos participantes famosos. No podcast “Achismos”, Leifert expressou sua preocupação com a frequência com que os participantes do camarote têm demonstrado vontade de desistir do jogo. Isso, segundo ele, é um sintoma claro de que algo na dinâmica atual do programa não está funcionando como deveria.
A série de desistências no programa não se limita a um caso isolado. Personalidades como Vanessa Lopes, no BBB 24, Tiago Abravel, no BBB 22, e Lucas Penteado, no BBB 21, exemplificam a tendência de participantes do camarote a abandonarem o jogo precocemente. Esta situação contrasta significativamente com os participantes anônimos, ou “pipocas”, que demonstram maior resiliência e vontade de permanecer na competição, indicando uma possível discrepância na forma como os diferentes grupos vivenciam a pressão do reality.
Tiago Leifert diz que a presença de famosos no BBB deve ser reavaliada
Leifert também tocou em um ponto crucial: a necessidade de uma avaliação interna por parte da equipe responsável pelo BBB. Sem entrar em detalhes específicos, o ex-apresentador mencionou que, antes de sua saída, levantou questões importantes sobre a dinâmica do programa que, posteriormente, se concretizaram. Essa observação sugere que, além dos desafios visíveis ao público, existem aspectos “muito internos” do reality que precisam ser revistos para garantir a saúde mental dos participantes e a sustentabilidade do formato.
“Eu acho que talvez tenha que repensar para o ano que vem… Eles estão querendo desistir muito. Isso é um sinal, um sintoma que precisa ser avaliado“, disse o ex-apresentador do BBB.