Caso Daniel Alves – discordância em depoimentos de médicos pode ajudar ex-jogador: ‘não foi tão traumático’

Ex-jogador se sentou no banco dos réus em júri que durou três dias e agora aguarda veredito.

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Daniel Alves aguarda o veredito da Justiça espanhola depois de comparecer ao tribunal de júri que foi realizado entre segunda (5) e quarta-feira (7). O ex-jogador da seleção brasileira é acusado de ter praticado violência sexual contra uma mulher em Barcelona, na Espanha.

O caso aconteceu no dia 30 de dezembro de 2022, em uma boate de luxo da cidade espanhola. Daniel Alves foi preso no dia 20 de janeiro de 2023 e segue em detenção até agora. Após o júri, o ex-jogador retornou para penitenciária e aguardará o veredito. A pena pode chegar a até 12 anos, em caso de condenação.

Depoimentos de médicos

Durante o júri, muitas testemunhas foram ouvidas. A mulher que acusa Daniel Alves falou de uma sala reservada, sem acesso da imprensa. Daniel Alves ficou sentado o tempo todo, acompanhamento aos depoimentos. A fala de alguns médicos pode, de alguma forma, ajudar o ex-jogador. Cinco médicos prestaram depoimento e houve discordâncias entre eles.

Havia DNA de Daniel Alves no corpo da denunciante, mas ela não estava com lesão vaginal. Um profissional de saúde afirmou que está acostumado a ver casos de violência sem lesão. Outro, porém, disse que o relato da denunciante não corresponde. Segundo ele, os exames possivelmente apontam que “o coito não foi tão traumático”.

Discordâncias

Em outro momento, uma médica disse que a mulher que acusa Daniel Alves desenvolveu estresse pós-traumático. Ao ouvir alguém falando em português, a denunciante apresenta os sintomas. Outra médica discordou e declarou que os sintomas parecem mais o de transtorno de ansiedade. Esta profissional afirmou ainda que os testes na mulher foram superficiais.

Psicólogos ouvidos alegaram que Daniel Alves pode ter comprometido as faculdades cognitivas e volitivas devido ao excesso de álcool, que pode ter levado o ex-jogador a falta de coordenação motora. Ainda segundo os psicólogos, o brasileiro sabia o que estava acontecendo e ainda estava pronto para distinguir o bem e o mal.