No ano passado, em maio, faleceu uma das maiores referências na culinária brasileira, Palmirinha Onofre, aos 91 anos de idade. Contudo, após sua partida, o que deveria ser um momento de luto transformou-se em uma acirrada batalha judicial pela herança deixada por ela.
Segundo informações obtidas pela coluna Poder SP do jornal Veja, as filhas de Palmirinha iniciaram uma disputa nos tribunais logo após o falecimento da chef. Tânia Rosa e Nanci Balan estão em litígio com a irmã mais nova, Sandra Bucci, a quem foi designada a responsabilidade pelo inventário.
Irmãs brigam por herança deixada por Palmirinha
A discórdia surgiu quando Sandra informou ao juiz responsável sobre os bens deixados por Palmirinha. Segundo a fonte, a filha mais nova alegou que Palmirinha possuía apenas uma conta bancária com mero saldo de R$ 8,13, além de uma cota de R$ 5,1 mil na empresa Artes Culinárias Palmirinha Ltda.
No entanto, Tânia e Nanci desaprovaram a forma como Sandra apresentou esses dados, afirmando que, desde a morte de Palmirinha, nunca tiveram acesso às prestações de contas e contratos da chef. O embate no processo se intensifica com a contestação das filhas mais velhas sobre a omissão de informações cruciais, como direitos autorais, direitos de imagem, vendas de livros e temperos, comercialização de alimentos, direitos de uso da marca, royalties e monetizações nas redes sociais.
Sandra Bucci se defende perante as irmãs
No decorrer do processo, as filhas mais velhas de Palmirinha argumentam que a irmã mais nova não mencionou esses aspectos, considerados essenciais, e expressam surpresa diante dessa lacuna. Em contrapartida, Sandra Bucci defende-se, alegando que as irmãs mais velhas nunca demonstraram interesse pela vida patrimonial e empresarial de Palmirinha, passando a se envolver somente após seu falecimento, além de terem dividido entre si o valor de R$ 5 milhões em aplicações financeiras da falecida.