Médico afirma que órgão de João Carreiro era ‘fora do comum’: ‘o coração dele já não era normal’

Em coletiva de imprensa, o diretor do hospital onde João Carreiro faleceu detalhou o problema de saúde do cantor sertanejo.

PUBLICIDADE

O cantor sertanejo João Carreiro, que faleceu aos 41 anos de idade na última quarta-feira, dia 02 de janeiro, tinha um problema possivelmente congênito em seu coração. O músico foi submetido a uma cirurgia com aproximadamente 12 horas de duração em um hospital cardíaco na cidade de Campo Grande (Mato Grosso do Sul), sofreu complicações e perdeu a vida pouco tempo depois.

Em coletiva de imprensa, com informações do portal de notícias G1, o diretor da unidade de saúde em questão, Jandir Gomes, especificou os problemas que o artista tinha consigo.

Qual o diagnóstico de João Carreiro?

De acordo com Jandir Gomes, o número de óbitos decorrentes de cirurgias cardíacas, hoje, está na casa dos 3% – triste estatística da qual João Carreiro passou a fazer parte. Logo, o diretor definiu o óbito do artista como uma enorme fatalidade, embora decorrente de possíveis problemas cardíacos carregados pelo músico desde a infância, ainda que o diagnóstico tenha sido demasiadamente tardio.

A condição é definida na literatura médica como prolapso da válvula mitral, ou “sopro”, no linguajar popular. Em outras palavras, trata-se de um afrouxamento da válvula mitral do coração, estrutura que, no caso de João Carreiro, estava calcificada em conjunto com uma degeneração de seu prolapso.

João Carreiro pode ter convivido com problema estrutural no coração a vida inteira

Segundo Jandir Gomes, o coração de João Carreiro não era estruturalmente normal em comparação a um ser humano cardiacamente saudável. Isso porque o órgão apresentava uma dilatação fora do comum, com a qual o músico pode ter convivido desde a infância sem ter percebido, posto que, na maior parte do tempo, a condição é assintomática.

“No caso do João [Carreiro], pode ter sido um problema desde a infância, que foi evoluindo ao longo da vida. Ele tinha um prolapso, que é uma doença estrutural no coração. O coração dele já não era normal. O órgão tinha uma dilatação fora do comum”, especificou o cardiologista.