Policial que tirou a vida de ator da novela mexicana Te Dou A Vida é condenado a 20 anos de prisão

Família sofreu por dois anos até que um dos envolvidos fosse condenado por tirar a vida do ator mexicano.

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Há dois anos o mundo latino ficou em choque com a morte precoce do ator Octavio Ocaña, de apenas 22 anos. Na época, o SBT exibia uma novela mexicana em que o ator integrava o elenco, sendo ela Te Dou A Vida. Octavio interpretou Benito e esteve no elenco principal da trama, que teve 82 capítulos na versão original.

Também esteve no elenco principal da série de comédia mexicana, Vecinos, participando de 195 capítulos. Os últimos capítulos gravados pelo ator foram exibidos após a sua morte, em 2022. O ator perdeu a vida em outubro de 2021, em circunstâncias que chocaram fãs, famosos e imprensa.

Um talento encerrado precocemente

No dia 29 de outubro de 2021, Octavio morreu após uma suposta perseguição policial. As versões foram mudando de acordo que o tempo passava. A polícia disse que o ator tirou a própria vida, atirando em si próprio.

A família nunca acreditou nessa versão, principalmente após descobrirem que o carro do ator estava danificado com tiros provenientes das armas dos policiais. Os policiais envolvidos no caso nunca deram uma explicação clara do motivo pelo qual estariam perseguindo o carro do artista. Um vídeo de segurança mostrou que houve negligência dos agentes, que deixaram Octavio sangrar até a morte e não chamaram o resgate após ele ser baleado.

Policial é condenado a 20 anos de prisão

Os dois policiais envolvidos na morte do ator foram indiciados por homicídio doloso e abuso de autoridade. Gerardo “N”, segue foragido da justiça desde que o crime aconteceu. Mesmo sendo policial, ele preferiu fugir para não pagar sua dívida com a justiça.

O outro policial, Leopoldo Azuara de la Luz, foi preso e condenado a vinte anos e nove meses de prisão. A mãe do ator, Ana Lucía Ocanã, se sentiu aliviada com a condenação e reconheceu o excelente trabalho do advogado que representou a família.

A mulher afirmou que provavelmente nesses vinte anos de condenação de Azuara ela já terá partido desse mundo, e estará ao lado do filho, mas sente que quando o encontrar poderá dizer: “Conseguimos. Foi possível”, se referindo a provar que ele nunca teve antecedentes criminais, nem estava envolvido em algo ilegal, sendo uma vítima do abuso de autoridade policial que acontece em todo o mundo.