Jornalista da Record descobre que diretor o vigiava por câmeras: ‘perguntou o tamanho do meu órgão genital’

Elian Matte alega ter sofrido abuso dentro do ambiente de trabalho, com insistência do diretor para que tivessem um caso.

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O jornalista Elian Matte formalizou uma denúncia contra o diretor de Recursos Humanos da Record, Márcio Santos, acusando-o de abuso dentro do ambiente de trabalho. O denunciante trabalha como roteirista no programa Câmera Record, exibido por Roberto Cabrini, e relatou uma sequência de eventos que pioraram gradativamente.

De acordo com o portal Notícias da TV, as investidas começaram com convites do diretor para reuniões supostamente particulares em sua sala. Além disso, Márcio Santos estaria monitorando Elian Matte por meio do circuito interno de segurança, enviando-lhe imagens juntamente com mensagens íntimas, incluindo elogios aos seus atributos físicos.

Jornalista da Record denuncia diretor

A denúncia foi feita junto à Polícia Civil do Estado de São Paulo no último dia 14 de novembro, constando a descrição dos acontecimentos no boletim de ocorrência. Segundo Elian Matte, o diretor insistia para que os dois se encontrassem, o que prejudicou sua situação profissional dentro do ambiente de trabalho.

“São pedidos insistentes para sair e, apesar das minhas negativas, continuou com conversas onde pergunta o tamanho do meu órgão genital, onde diz que tem ciúme doentio por mim e que precisa de ajuda médica”, constaria na descrição do boletim de ocorrência.

Jornalista seria monitorado por câmeras

Em determinado momento, temendo ser demitido, Elian Matte teria cedido às investidas do diretor para manter seu cargo. Contudo, o jornalista ponderou que a situação fugiu completamente dos limites quando soube que o superior utilizava o circuito de segurança para monitorá-lo.

Com a saúde mental debilitada, Elian Matte afirmou ter buscado a ajuda de uma médica que o diagnosticou com Síndrome de Burnout, atestando a necessidade de afastamento imediato do trabalho. No entanto, o jornalista alega que o sigilo médico foi quebrado, com a profissional da saúde sendo ameaçada e forçada por pessoas da Record a alterar o atestado médico, uma vez que tal diagnóstico não seria aceito pela empresa.