Mulheres Apaixonadas: Raquel denuncia Marcos e ouve que nada acontecerá com ele, além de doar cestas básicas

Cenas refletem como era o âmbito jurídico diante da violência doméstica em 2003, quando a novela foi gravada.

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Nos próximos capítulos da novela Mulheres Apaixonadas, o público verá uma triste realidade da justiça brasileira ao lidar com agressores de mulheres na época em que a trama foi gravada, em 2003. Raquel finalmente tomará coragem de denunciar Marcos por ter lhe dado uma surra.

Leandro, cunhado de Helena, a alertará que Marcos não irá deixá-la em paz por causa de uma denúncia, e que já viu casos de agressores que pagam algumas cestas básicas e deixam a delegacia como se nada tivesse acontecido. Raquel diz que precisa fazer alguma coisa, além de ter interesse em lutar para mudar a lei que trata sobre agressões contra as mulheres.

Raquel sente que sua denúncia não servirá de nada

Após contar tudo o que aconteceu na delegacia e representar contra Marcos, ouve que nesses casos quase nada pode ser feito contra o agressor, por falta de lei com sanção mais severa. Raquel descobre que o máximo que acontece nesses casos é o agressor ter de pagar algumas cestas básicas ou prestar algumas horas de serviço comunitário.

Helena tenta fazer a amiga não desistir e avisa que Marcos será intimado pelo que fez, e que isso assusta. Raquel diz ter suas dúvidas. Sabendo da agressividade de Marcos, ela teme que isso o torne ainda mais furioso e com desejo de vingança.

Raquel chora no exame de corpo de delito

Por ser um exame muito pessoal, Raquel não é autorizada a entrar acompanhada por Helena. A professora adentra o consultório, momento em que um médico e uma médica pedem que ela tire a roupa para verem os ferimentos.

Raquel se despe e chora ao ouvir o médico descrevendo os ferimentos para constar no laudo. A professora se sente envergonhada e humilhada por ter de se expor tanto sem garantia de que Marcos a deixará em paz.

Vale destacar que a novela Mulheres apaixonadas foi gravada em 2003, quando não existia a lei Maria da Penha, que é de 2006, nem o ajuizamento de ação penal incondicionada contra o agressor em casos de violência grave, que é uma decisão do STF de 2012, tão pouco o endurecimento das penas no caso de feminicídio tentado ou consumado, fruto da lei 13.104/2015. Embora ainda exista casos de impunidade no país quanto assunto é violência doméstica, o Brasil melhorou e muito em relação ao tema desde que Mulheres Apaixonadas foi gravada.