Francisco Brennand morreu, nesta quinta-feira (19), aos 92 anos, em Recife. Ele, um dos mais aclamados artistas plásticos e ceramistas que o Brasil já conheceu, estava internado há dez dias no Real Hospital Português, que se localiza na região metropolitana da capital do estado. Na unidade de saúde, vinha tratando de uma infecção respiratória, que acabou o vitimando.
No ano de 2006, quando Francisco Brennand estava prestes a completar seus 80 anos de vida, concedeu uma entrevista para o Correio Braziliense. Dentre vários assuntos, a morte esteve em questão, e o artista plástico falou sobre a sua percepção pessoal deste momento tão intrigante da existência humana.
Ao ser questionado se pensava na morte, Francisco Brennand salienta que não poderia deixar de fazê-lo. Destacou que a cada ano que passa o ser humano passa a pensar com mais frequência no dia de sua partida e que, no auge dos 80 anos, a preocupação quanto ao seu dia se tornara muito maior do que aos 20, por exemplo.
Francisco Brennand e a cisma com o número 7
O artista plástico revelou ser um tanto quanto supersticioso, tendo uma cisma especial com o número sete, por conta de sua relação com alguns dos momentos de sua vida. Naquela altura, há um ano da chegada de 2007, revelou um medo especial da morte naquela data: “Nasci em 1927. Esse sete me persegue. Meu pai fundou essa fábrica em 1917, eu vim pra aqui em 1971, que são dois números invertidos. E esse ano de 2007 é além de tudo bonito: “Nasceu em 27 e morreu em 2007”, revelou Francisco Brennand, com seu jeito brincalhão de ser.
Últimas homenagens a Francisco Brennand
A família de Francisco Brennand informa que o corpo do artista plástico será cremado nesta sexta-feira (20), às 10h, em um cemitério da Grande Recife. Às 18h de hoje teve início o seu velório, e ao longo do dia diversas autoridades, famosos e parte do público prestaram as últimas homenagens.