Médico analisa riscos de transplante realizado em Faustão: ‘o coração tem um tempo curto’

Gustavo Fernandes Ferreira explicou sobre os cuidados quanto à preservação do órgão ao ser retirado do doador.

PUBLICIDADE

O doutor Gustavo Fernandes Ferreira, que ocupa o cargo de presidente da Associação Brasileira de Transplante de Órgãos (ABTO), esclareceu que um dos desafios da intervenção cirúrgica realizada no domingo, 27, em Fausto Silva, estava relacionado com o intervalo restrito entre a remoção do órgão do doador e o seu posicionamento no receptor.

O procedimento cirúrgico realizado em Faustão teve uma duração próxima de 3 horas e foi avaliado pela equipe como um sucesso. Na visão do profissional do Hospital Israelita Albert Einstein, esse êxito fortalece a eficácia do sistema de doação de órgãos no Brasil.

Cuidados durante transporte de coração

Gustavo Ferreira elaborou, ainda, que no contexto brasileiro, independentemente da instituição envolvida, toda contribuição passa pelo procedimento de captação no local onde o diagnóstico de morte encefálica do paciente foi estabelecido. A equipe de transplante é mobilizada até o local de origem do diagnóstico e obtém a autorização da família.

O coração tem um tempo curto, ente quatro e seis horas, chamado de tempo de isquemia fria, que é o tempo de retirada do órgão e o implante do órgão no receptor [colocar o órgão realmente funcionado]“, explicou o profissional.

Cirurgia em Faustão foi realizada com êxito

Devido à gravidade da condição de Faustão, ele foi priorizado na lista de espera para receber um órgão novo. De acordo com boletim médico publicado no último domingo (27), a cirurgia do apresentador foi considerada um sucesso, sem nenhuma intercorrência durante o procedimento.