Em 7 de agosto de 1991, no Rio de Janeiro, uma ação policial e de seguranças privados frustrou uma tentativa de sequestro da apresentadora Xuxa Meneghel e da então paquita Letícia Spiller.
Dois policiais militares foram recebidos a tiros ao abordarem um Chevette estacionado de forma irregular na área próxima ao local onde o programa “Xou da Xuxa” era gravado. Os suspeitos, os irmãos Alberto e Douglas Loricchio, tentaram escapar em um veículo modificado, equipado com armas de fogo e granadas. Durante a perseguição, o motorista acabou morto e o carona foi preso em estado grave. Um policial foi morto e outro foi ferido. Na ambulância, de acordo com um tenente da PM, o criminoso confessou. “Ele disse que amava Letícia e que a levaria para São Paulo com a Russa”, contou o policial à imprensa, na época.
Momento de tensão e preocupação para Xuxa e equipe
Enquanto a troca de tiros acontecia nas ruas do Jardim Botânico, Xuxa e sua equipe gravavam episódios do programa. A apresentadora só soube do ocorrido mais tarde, evitando prejudicar a atmosfera do set. No entanto, a notícia se espalhou entre os funcionários, tornando impossível esconder a situação.
Xuxa estava assustada com a onda de sequestros no Rio, o que levou sua diretora, Marlene Mattos, a aumentar o número de seguranças que a acompanhavam. A tentativa de sequestro deixou a equipe abalada, e Letícia Spiller também se sentiu alerta para sua segurança.
“Ela chegou em casa abalada, dizendo que estava com medo. Abraçou o cachorrinho ao entrar, e disse: ‘Olha aí, quase que eu não volto’. E começou a chorar. A Xuxa é uma pessoa muito sensível e está triste com essa onda de violência. Quem não ficaria? Ela adora o Brasil e não quer viver fora daqui”, contou Marlene ao GLOBO.
Desfecho e o arquivamento do caso
Cinco dias após a prisão, Alberto Loricchio morreu no hospital sob circunstâncias controversas, gerando surpresa e suspeitas. Com a morte dos dois suspeitos, a polícia decidiu arquivar o inquérito sobre a tentativa de sequestro de Xuxa e Letícia Spiller.