Quando Roberto Marinho morreu, em agosto de 2003, a tristeza tomou conta da Globo. Foram muitas homenagens por todo o Brasil e até uma votação na Câmara dos Deputados em Brasília chegou a ser interrompida. Roberto Marinho morreu aos 98 anos, no Rio de Janeiro, após ser internado, devido a uma embolia pulmonar. Ele precisou ser submetido a uma cirurgia, mas infelizmente não resistiu e veio a óbito.
Em todo o país, também foram muitas manifestações públicas de pesar, devido a esta triste notícia; mas um fato chamou a atenção de modo especial. No Jornal Nacional, William Bonner estava lendo uma carta, assinada pelos filhos de Roberto Marinho, quando chorou ao vivo. “Não somente preservar, mas ampliar essa obra é o nosso compromisso, e ela será ampliada“, dizia um trecho da carta.
Não foi fácil para o âncora dar a triste notícia
Após uma pausa, visivelmente emocionado, o jornalista tomou sua decisão sobre a cobertura da notícia ao vivo. “Eu vou concluir“, disse Bonner, com a voz embargada. Ele precisou fazer uma pausa por alguns segundos, respirar fundo e só depois continuou a ler a carta assinada por João Roberto, José Roberto e Roberto Irineu.
Bonner conseguiu finalizar a carta, mas não teve o tradicional ‘boa noite’. Nesta época, Fátima Bernardes dividia a bancada com o então marido, mas ela não estava presente naquela noite, sendo substituída por Renato Machado.
William Bonner já dividiu a bancada do JN com Fátima Bernardes
William Bonner está na bancada do Jornal Nacional desde 1996, depois de passar pelo Jornal Hoje, Jornal da Globo e pelo Fantástico. O diretor da Central Globo de Jornalismo entrou em contato com ele por telefone e fez o convite. Por dois anos, Bonner dividiu a bancada do JN com Lillian Witte Fibe, mas com a saída dela, Fátima Bernardes assumiu a vaga.