O músico Roberto de Carvalho concedeu uma entrevista à Revista Veja, onde compartilhou detalhes sobre os últimos momentos de vida de sua esposa, a cantora Rita Lee. O casal, que se conheceu nos anos 70, havia feito um pacto de que suas mortes ocorreriam simultaneamente. Contudo, a intenção não pôde ser concretizada.
Desde o início da pandemia de Covid-19, Rita Lee enfrentava uma batalha contra o câncer de pulmão, sendo submetida a tratamentos oncológicos. No entanto, a cantora veio a falecer em 8 de maio em seu apartamento na cidade de São Paulo.
Roberto de Carvalho e as cinzas de Rita Lee
Como Rita Lee partiu antes de Roberto de Carvalho, o músico explicou que as cinzas da artista estão atualmente guardadas no apartamento que era compartilhado pelo casal. Antes de sua própria morte, Roberto expressou o desejo de ter suas cinzas misturadas às de Rita Lee, deixando para os filhos do casal a decisão de um local para o depósito.
Roberto de Carvalho descreveu o falecimento da esposa como tranquilo, comparando-o à imagem de um passarinho machucado ou de uma chama que começa a se apagar. Segundo ele, acredita-se que Rita Lee não tenha sofrido em seu último momento, e o óbito não foi marcado por pesar ou dramaticidade. “Eu queria ter ido junto. A gente planejava ir junto, sabe?! Foi o que a gente sempre quis”, alegou o músico.
Rita Lee perdeu a comunicação verbal antes de falecer
Nos últimos tempos, a comunicação verbal de Rita Lee já não era possível, limitando-se apenas à abertura e fechamento dos olhos. O músico revelou que esse período foi gradativo, como se sua esposa estivesse se despedindo aos poucos. “No fim, ela já não estava falando mais nada. Ela abria os olhos e dormia”, contou.