Considerada pela crítica como a melhor novela do ano, Bom Sucesso conquistou o público pela leveza, originalidade e boa construção dos personagens. O sucesso é tão avassalador que o folhetim de Rosane Svartman e Paulo Halm já entrou para o hall das tramas com maiores audiências no horário das 19h, segundo o portal O Planeta TV.
A variedade de características torna a história única e, por isso, confira sete tópicos que mostram por que a trama pode ser classificada como uma das melhores da TV brasileira. Confira abaixo!
Incentivo à leitura
O principal diferencial de Bom Sucesso é o incentivo à leitura. De acordo com uma pesquisa do Instituto Pró-Livro, o brasileiro costuma ler apenas 2,43 livros por ano, bem longe da quantidade ideal. Os autores da novela tiveram a sacada de usar uma paixão nacional para tentar mudar o retrato da sociedade brasileira em relação à literatura. A ideia parece estar funcionando, pois, segundo levantamento realizado pela plataforma Zoom, a busca pelas obras citadas no folhetim cresceu em até 15%.
Críticas à sociedade
De forma implícita, a novela critica os preconceitos da sociedade. A cena em que Eugênia (Helena Fernandes) tenta impedir a mãe de trabalhar por considerá-la acima da idade mostra os padrões abomináveis criados pelas pessoas. Outro exemplo é o momento em que Lulu (Carla Cristina Cardoso) sofre discriminação por ser negra, durante o lançamento do livro de Natasha (Lavinia Vlasak).
Boa construção e humanização dos personagens
A construção e humanização dos personagens é outro ponto forte da trama. Muitos fãs consideram Nana (Fabiula Nascimento), por exemplo, como a melhor personagem da novela, principalmente graças a sua complexidade e evolução.
Em Bom Sucesso, não existem personagens perfeitos. Alberto (Antonio Fagundes) falhou com Eric (Jonas Bloch), Ramon (David Junior) abriu mão do relacionamento com Paloma (Grazi Massafera) por um sonho, Marcos (Romulo Estrela) foi um irresponsável a maior parte da vida, e Waguinho (Lucas Leto) quase se entregou ao mundo do crime, mas todos evoluíram. Essa humanização faz com que o público se identifique com as histórias e também tenha esperanças de redenção.
Bom desenvolvimento
Tudo acontece no momento certo no folhetim de Rosane Svartman e Paulo Halm. Na maioria das novelas, as histórias não ocorrem gradativamente e, com isso, o telespectador fica com a sensação de ‘forçação de barra’. O romance entre Paloma e Marcos, por exemplo, demorou mais de 70 capítulos para engrenar, o que deixou o público ansioso para o desenvolvimento da trama.
Cenários dos livros
Os devaneios de Paloma, em que a protagonista se imagina no lugar de heroínas literárias, são excepcionais. Os cenários e os figurinos não deixam a desejar e, de certa forma, os telespectadores também entram na pele dos personagens dos livros.
Destaque para as crianças
Os personagens de Peter e Sofia, interpretados por João Bravo e Valentina Vieira, são responsáveis pelos momentos mais leves da novela. A aposta de Rosane Svartman e Paulo Halm em dar destaque para as crianças foi certeira, assim como a escolha dos atores para os papéis. A dupla fica totalmente à vontade com os veteranos, o que transparece nas cenas.
Vilão que só se dá mal
Em novelas, é comum que os vilões tenham êxito com as maldades. Mas não em Bom Sucesso. Isso porque a maior parte dos planos de Diogo (Armando Babaioff), principalmente no que se refere às tentativas de assassinato contra Alberto, acabam dando errado. Os fracassos do picareta, que costumam vir acompanhados com os surtos do mau-caráter, rendem boas risadas. O sentimento do público em relação ao marido de Nana é uma mescla de diversão e ódio, e isso se deve também à atuação magistral de Armando Babaioff.