Globo é pega de surpresa com proibição de Justiça sobre o Linha Direta e polêmica é iniciada

Emissora carioca encarou veto como censura prévia, mas não informou se irá recorrer.

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A Globo foi proibida por determinação da Justiça de exibir o programa Linha Direta sobre o caso de morte do menino Henry Borel, ocorrido no Rio de Janeiro em 2021. Por meio de movimentações nos bastidores, a defesa do ex-vereador Jairo Souza Santos, o Dr. Jarinho, obteve uma liminar junto ao Tribunal de Justiça que vetou a exibição do conteúdo que iria ao ar nesta quinta-feira (17).

O ex-parlamentar é acusado de ter assassinado o menino, tendo como cúmplice a própria mãe da vítima, Monique Medeiros. O caso provocou uma grande comoção nacional e revolta da população, em meio ao cenário pandêmico da Covid-19.

Mais informações sobre o veto à Globo

Segundo informações da colunista Patrícia Kogut, do jornal O Globo, a liminar que vetou a emissora de exibir o programa sobre o caso foi concedida pela juíza Elizabeth Machado Louro, que também é responsável pelo caso, que ainda não teve uma sentença final. 

Em seu despacho, onde determina o veto à exibição do Linha Direta, a magistrada alega que o processo ainda está em curso de julgamento, e a exibição do programa pode impactar no mesmo, colocando em risco a imparcialidade dos julgadores. 

Globo vê “censura prévia”

Apesar de não comentar o caso oficialmente, a cúpula diretória da Globo classifica a liminar como censura prévia, algo que é proibido pela Constituição vigente no país, sendo inclusive considerado um ato inconstitucional pelo STF (Supremo Tribunal Federal). 

O programa que iria ao ar contou com entrevista do pai da vítima, Leniel Borel, que desde a morte do filho tem se engajado em causas para defesas de crianças e busca Justiça pelo assassinato do menino.