Dani Calabresa abre o jogo e fala sobre acusação de assédio que fez contra Marcius Melhem: ‘Não é piada’

Dani Calabresa e outras pessoas envolvidas no caso de assédio falaram abertamente sobre o processo em entrevista.

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Dani Calabresa e outras quatro mulheres que acusam Marcius Melhem de assédio sexual falaram abertamente sobre o assunto, em entrevista ao colunista Guilherme Amado, do Metrópoles. Renata Ricci, Georgiana Góes, Veronica Debom e Maria Clara Gueiros; as roteiristas Luciana Fregolente e Carolina Warchavsky; os diretores Cininha de Paula e Mauro Farias; e os atores Marcelo Adnet e Eduardo Sterblicht falaram sobre o caso, na matéria que foi publicada nesta sexta-feira (24).

Dani Calabresa iniciou um processo contra o humorista no ano de 2019, quando ele atuava como diretor da área de humor da Rede Globo. Depois disso, um inquérito para apurar o caso foi aberto em 2020, por uma unidade da Delegacia da Mulher do Rio. Atualmente, Melhem também move uma ação contra Dani Calabresa por danos morais.

As mulheres envolvidas no caso afirmam que Marcius Melhem tentava mantê-las sob o seu domínio, inclusive, proibindo de participar de outros projetos profissionais. “Estava insustentável trabalhar em um ambiente em que eu comecei a perceber que era barrada dos convites”, desabafou Dani Calabresa.

Mulheres dizem que Melhem forçava a língua em beijo técnico

Na reportagem, as mulheres que acusam o humorista afirmam que ele incentivava que os funcionários do setor de humor da emissora sentissem uma “dívida de gratidão” por ele.

Ainda, elas contam que o ex-diretor fazia brincadeiras constrangedoras e forçava a língua durante beijos que deveriam ser apenas técnicos. “Ele se aproveita das brincadeiras para brincar ereto”, disparou a atriz. “Não é piada, não é brincadeira”, desabafou.

Reportagem sobre caso envolvendo Marcius Melhem

A roteirista Carolina Warchavsky afirmou que, após se deparar com matérias sobre o assédio sofrido por Calabresa, ela entendeu o que havia ouvido falar quando começou a sua carreira na Globo. “Eu entendi que era verdade”, contou.

Outros profissionais envolvidos no caso afirmam que o ambiente de trabalho, durante a permanência de Melhem na emissora, era tóxico; além de afirmarem que os assédios acabavam se confundindo com brincadeiras e piadas.