Em fase terminal, atriz fez novela até o fim e se foi após dois meses: ‘Não sei se vivo mais 20 anos ou 20 dias’

A artista participou de grandes sucessos da escritora Glória Perez na TV Globo.

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Os telespectadores que acompanham a programação do canal Viva estão tendo a oportunidade de rever a novela Caminho das Índias, trama de Glória Perez que foi sucesso na TV Globo em 2009.

A novela em reprise é a última da atriz Mara Manzan, que esteve presente em outras produções escritas por Glória. Em Caminho das Índias, Mara interpretava Ashima, uma viúva indiana que morava no Rio de Janeiro, mais precisamente no bairro da Lapa.

Carreira de Mara Manzan

Vinda do teatro, Mara Manzan estreou na TV Globo em 1992, na novela Perigosas Peruas. Dali em diante a artista emplacou várias tramas na emissora, como os sucessos Mulheres de Areia, de 1993, A Viagem, de 1994, Salsa e Merengue, de 1996 e Pecado Capital, de 1998.

Em 2001, a atriz viveu uma de suas grandes personagens na novela O Clone, também de Glória Perez. Na trama, Mara Manzan era a fofoqueira Odete, mãe de Karla (Juliana Paes) e esposa de Edivaldo (Roberto Bonfim). Tentando alavancar uma possível carreira de artista da filha, Odete emplacou o bordão “cada mergulho é um flash”, que foi repetido a exaustão por todo o Brasil.

Câncer no pulmão

Em 2007 Mara Manzan precisou se afastar da novela Duas Caras para fazer uma cirurgia. A atriz tinha sido diagnosticada com câncer no pulmão e por isso teve que operar às pressas.

Na novela Caminho das Índias, em 2009, Mara continuou sofrendo com a doença. Glória Perez também afastou a artista para que ela pudesse realizar sessões de quimioterapia, mas Mara chegou a retornar para gravar o final da trama de sua personagem.

Claro que é difícil. Não sei se vivo mais 20 anos ou 20 dias, mas sigo feliz, até porque estou voltando a gravar”, disse ela em entrevista quando voltou para a novela.

Mara Manzan faleceu aos 57 anos, em novembro de 2009, dois meses após o final de Caminho das Índias. A artista costumava dizer que o câncer em seu pulmão não era fruto apenas de seu tabagismo, vício que carregou por 40 anos, mas também em decorrência do querosene que inalava quando trabalhava no circo e cuspia fogo.