Em 2015, um casal de Minas Gerais procurou o quadro Patrulha do Consumidor, comandado pelo deputado e defensor dos direitos dos consumidores, Celso Russomanno, para denunciar uma falha no berço Nanna, fabricado pela Burigotto, que teria provocado a morte de sua filha, que na época tinha apenas seis meses de vida.
Em entrevista a Record, Danielle Pereira e Benitez Moura, pais da pequena Sofia, contaram que a deixaram dormindo no berço. Horas depois, próximo do horário de amamentação, se deparam com a filha sem vida, presa entre o vão do colchão e um tecido da grade do berço. Segundo o laudo médico, a menina morreu asfixiada.
Celso Russomanno se emociona com decisão da Justiça
Celso Russomanno passou a acompanhar o caso, depois que a empresa fornecedora do berço teria negado assistência ao casal. O caso foi parar na Justiça e após a primeira audiência, o juiz entendeu que houve falha do fornecedor e o condenou a pagar uma indenização à família. No entanto, segundo Russomano, a empresa recorreu diversas vezes da decisão e não estava disposta a acordo.
Agora, 7 anos depois, em terceira instância, a Justiça manteve por unanimidade a condenação da empresa responsável por fornecer o berço. Os pais de Sofia deverão receber com juros R$ 100 mil cada um. Em uma entrevista ao vivo de Celso Russomano com os pais de Sofia, no Cidade Alerta deste sábado (25), Russomanno se emocionou e chorou ao relembrar o caso. “Foram muitos anos para chegarmos aonde a gente chegou, e salvar outras vidas e outras crianças que não vão passar pelo que a Sofia passou”, disse o deputado.
Ajustes feitos pelo Inmetro
Depois de tomar ciência do caso em 2015, o Inmetro suspendeu a venda do modelo do berço da Burigotto e de outras fabricantes que apresentavam o mesmo risco. Foram feitos ajustes nos padrões de segurança. Na época, a Burigotto informou que seguiu os procedimentos de seguranças, e forneceu um kit adicional para os mais de 250 mil consumidores que tinham comprado o berço.