Festival Tribeca terá ingresso por NFT; especialista Sérgio Fernandes explica o que está por trás disso

Tecnologia impede que bem digital seja reproduzido.

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O Festival de Cinema de Tribeca, que acontece em Nova York no mês de junho, anunciou que o ingresso deste ano será em formato NFT (sigla em inglês para Non-Fungible Token, ou “token não fungível”). A tecnologia com base em blockchain se destaca por impedir que bens digitais sejam reproduzidos.

A venda acontece por meio da OKX, exchange especializado em criptomoedas e pioneira na tecnologia web 3.0. A empresa também é conhecida por patrocinar marcas esportivas, como a Premier League (primeira divisão do campeonato inglês de futebol), o clube Manchester City e a equipe McLaren de Fórmula 1. 

Na avaliação de Sérgio Fernandes, especialista em NFT e estratégias digitais, era de se esperar que as soluções com base em blockchain fossem ser incorporadas a eventos de referência.

Como o NFT é irreproduzível – ou seja, se eu tenho um, você não pode ter o mesmo que o meu -, funciona muito bem para a comercialização de ingressos”, destaca o especialista.

Além disso, o tíquete pode ser personalizado por algum artista, também funcionando como uma obra de arte digital”, acrescenta.

Parte dos consumidores ainda se mantém refratária à ideia de aderir aos NFTs. Para Fernandes, a opinião majoritária deve mudar com o tempo.

No meio digital, as pessoas se acostumaram com arquivos que podem ser facilmente reproduzidos. No entanto, quando se trata de itens de valor, o NFT se adequa muito bem. Basta ver a segurança que um bem irreproduzível confere para que não haja, por exemplo, ingressos falsos”, explica.

O Festival Tribeca foi fundado em 2022 por Jane Rosenthal, Robert De Niro e Craig Hatkoff em homenagem às vítimas dos ataques de 11 de setembro de 2001 ao World Trade Center e às vidas perdidas no bairro de TriBeCa, em Manhattan (Nova York).

Fernandes não tem dúvida de que o uso de NFTs como ingressos será uma iniciativa bem-sucedida.

Nos próximos anos, acredito que veremos mais usos desse tipo”, sinaliza o especialista.