As duas irmãs que ficaram milionárias e fizeram história no Brasil, sendo amigas até do presidente Getúlio Vargas, terminaram a vida esquecidas e na miséria. O auge da carreira delas foi durante a Era de Ouro do rádio, onde foram muito famosas em todo o país.
Infelizmente, a fama e a riqueza de Linda e Dircinha Batista não duraram para sempre e elas viveram os seus últimos dias em grande penúria. As irmãs foram encontradas passando necessidades e vestindo roupas velhas.
Irmãs foram as mais famosas do Brasil
Dircinha iniciou como cantora com apenas seis anos, cantando Morena Cor de Canela, junto do pai, Batista Júnior, em 1930. Com oito anos já tinha gravado seu primeiro disco. Linda, mais tímida, se apresentou pela primeira vez aos 17 anos, durante o programa de Francisco Alves.
A carreira delas foi meteórica e rapidamente estrelaram alguns filmes e participaram de shows renomados no Cassino da Urca, fazendo excursões e ganhando muito dinheiro. Elas se tornaram divas na Rádio Nacional e ostentavam luxo e riqueza, com direito a joias e até casacos de pele.
Getúlio Vargas, presidente do Brasil na época da fama das irmãs, as consideraram “patrimônio nacional”. Linda se tornou mais popular que a irmã, ficando mais conhecida nas gravações de marchinhas de carnaval. Infelizmente, com o surgimento da televisão, o declínio das duas as deixou na miséria.
Declínio na carreira
Linda tentou ser repórter na televisão, mas não teve o mesmo sucesso. Dirce teve o seu último disco em 1961, terminando a sua carreira em 1970. Segundo o livro as Divas do Rádio Nacional, as duas viveram na miséria em Copacabana, enfrentando problemas de saúde e vestindo trapos. Linda faleceu aos 68 anos, em 1998, e Dircinha, aos 77 anos, no ano seguinte.