Figura renomada na televisão brasileira, o ator Stênio Garcia, de 90 anos, não pensa em se aposentar. Entrevistado pelo Splash, o artista destacou o desejo de retornar à televisão e lamentou o fato de ter perdido o status de papel fixo em novelas da TV Globo nos últimos dez anos.
Acompanhado da esposa, Mari Saad, o ator falou sobre a dificuldade de conciliar os sucessivos problemas de saúde após ter ficado na “geladeira” da emissora carioca, sem contrato fixo. O termo “geladeira” é utilizado para designar quem tem contrato e fica sem atuar por alguma emissora.
Como o artista não gosta de falar muito da doença, Mari foi quem explicou que a demissão na Globo impactou diretamente nos quadros de depressão e AVC (Acidente Vascular Cerebral) que o intérprete de “Bino” no Carga Pesada teve.
“Eu o vi ter depressão, vômitos, internações. Não trabalhar é a morte para ele. Nos sete anos em que ele esteve na (geladeira da) Globo, ele ficou doente sem ter doença alguma. Ele vomitava, a gente achava que estava infartando e ia ao hospital”, disparou Mari Saad, companheira de Stênio há 25 anos.
Pequenas participações de Stênio Garcia na Globo
No início da pandemia, Stênio Garcia foi um dos profissionais veteranos da Globo que foram surpreendidos com a decisão de demissão. Em 2020, o ator fez pequenas participações em novelas da Globo, e pouco depois recebeu a triste notícia da não renovação contratual.
O último trabalho completo de Stênio Garcia na Globo foi Salve Jorge, trama de Glória Perez, exibida em 2012. Depois disso, o ator foi escolhido para fazer aparições breve em novelas da casa, entre elas Deus Salve o Rei, Totalmente Demais e Meu Pedacinho de Chão.
Para Stênio não trabalhar é “Igual a morte”
No desabafo feito na entrevista ao Splash, Stênio classificou a distância da televisão como “muito difícil” e fez um parâmetro entre esquecimento e morte. O artista sente que o trabalho é a sua fonte de vida, o seu universo.