O delegado Ivan Lopes Sales, da Delegacia Regional de Caratinga, em Minas Gerais, conduz a investigação criminal do acidente que vitimou a cantora Marília Mendonça e outras quatro pessoas no dia 5 de novembro de 2021. Marília Mendonça tinha apenas 26 anos e foi uma das vítimas da queda do avião em uma cachoeira no interior de Minas Gerais.
Poucas horas antes, Marília havia saído de Goiânia. Naquele momento, os números da pandemia começavam a diminuir e a restrições estavam sendo diminuídas. A cantora aguardava ansiosamente o retorno aos palcos. Marília tinha agenda de shows naquele fim de semana.
Polícia Civil dá detalhes da investigação sobre morte de Marília Mendonça
Um ano depois do acidente, o delegado Sales deu detalhes das investigações. Segundo ele, o piloto se afastou muito do local recomendado. A aeronave se chocou contra fiação elétrica. Como estava fora da zona mais próxima do aeródromo não havia sinalizações nos cabos.
“O piloto não fez a manobra que se esperava, ele saiu da zona de proteção do aeródromo para fazer esse pouso”, explicou o delegado. Sales frisou não há obrigatoriedade de seguir esse padrão, mas quando o piloto sai da zona de proteção acaba ficando com toda a responsabilidade.
Delegado ouviu testemunhas de acidente de avião
Um piloto que sobrevoava a região e um piloto que estava no aeródromo foram testemunhas importantes na investigação. Segundo o delegado, estes depoimentos foram fundamentais. Por eles, confirmou-se que o piloto do avião que levava Marília Mendonça não relatou nenhum problema. “E que o piloto acabou saindo do padrão de pouso em Caratinga”, explicou Ivan Lopes Sales. O Cenipa, ligado à Aeronáutica, segue investigando. O objetivo é apontar melhorias para a aviação através dos possíveis erros ocorridos no voo que matou Marília Mendonça e mais quatro pessoas.