O falecimento da Rainha Elizabeth II rendeu não apenas comoção, mas comemoração em algumas partes do planeta. Na Argentina, por exemplo, o apresentador Santiago Cúneo chegou a estourar um champanhe para celebrar o falecimento da monarca mais longeva de toda a história do Reino Unido. Mais do que isso, proferiu inúmeros xingamentos, demonstrando revolta com a família real em razão de acontecimentos do século XX.
“Morreu a velha de merda”, comemorou o apresentador enquanto uma música animada tocava ao fundo. “A velha morreu, velha de merda. E eu havia prometido que iríamos brindar”, completou.
“É uma boa notícia para todos. Finalmente a vida toma um rumo certo”, disparou Santiago Cúneo antes de abrir o champanhe. Com a bebida na taça, emplacou: “Ladra, genocida, assassina”.
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— Alberto Rodríguez (@AlRodriguezGar) September 8, 2022
A repercussão não foi positiva nas redes sociais. Muitos internautas repreenderam o apresentador por se alegrar pelo falecimento de uma pessoa – independente de ser sua majestade ou um súdito. “Isso merece repúdio mundial”, disparou um usuário do Twitter.
Há um motivo pelo qual a imagem de Rainha Elizabeth II não seja benquista entre uma parcela dos argentinos: a Guerra das Malvinas, que terminou com um sangrento resultado negativo em vidas tanto para os britânicos quanto para os sul-americanos.
Os conflitos bélicos, inclusive, marcaram a vida da monarca: aos 13 anos presenciou a eclosão da Segunda Guerra Mundial; em 1945, no fim da guerra, quando já tinha 19 anos de idade, ingressou no serviço militar, atuando como motorista e mecânica no “front” de batalha. Em 1953 assumiu o trono em um período marcado pela Guerra Fria e, mais tarde, por outros conflitos contemporâneos, a exemplo da Guerra do Golfo.