Após trabalhar durante 22 anos com Claudia Leitte, exercendo a função de percussionista, Durval Benício da Luz Filho está movendo um processo contra a cantora. Na Justiça, o profissional pede uma indenização no valor de dois milhões e trezentos mil reais.
O músico afirma que, durante esse longo tempo em que integrou a equipe da cantora, houve a ausência de direitos trabalhistas, foi vítima de assédio moral, enfrentou problemas relacionados à surdez, foi infectado pelo vírus da Covid-19 e sofreu hostilização por parte de Luciano Pinto, produtor musical de Claudia Leitte. Além disso, sem ser avisado com a devida antecedência, deixou de ser convocado para os shows.
Na audiência virtual, realizada na última segunda-feira, 15 de agosto, a cantora não compareceu e foi representada pelo seu pai, Claudio de Oliveira Inácio, e por sua advogada, Dra. Carollina Agostineli Rodrigues.
Para comprovar as acusações, Durval Benício apresentou fotos, vídeos e documentos. Entre eles, consta um exame de audiometria, que comprova a sua surdez parcial causada pelo trabalho. O percussionista declarou que começou a trabalhar com a cantora na época em que ela fazia parte do Babado Novo e, depois, passou a integrar a sua equipe na carreira solo desde o início.
O profissional alega que, após ter que se submeter às humilhações que partiram de Luciano Pinto, chegou a conversar com a cantora sobre esse assunto, mas a situação permaneceu a mesma: “Fui muito seduzido, hostilizado, no local de trabalho. Se você não fizesse aquilo, iria sair. Tudo ela sabe, porque ninguém faz nada na casa dos outros sem saber. A banda toda ficou sem falar comigo”.
Em dezembro de 2021, durante a virada do ano, Durval Benício realizou os últimos trabalhos ao lado de Claudia Leitte, que também é acusada de não se importar com os necessários protocolos de segurança contra a Covid-19.
A assessoria de imprensa da cantora se limita a declarar apenas que o processo está correndo em segredo de Justiça; sua advogada, por enquanto, não se manifestou.