‘Eu fiquei petrificada ali, vendida’, Angélica expõe detalhes de abuso íntimo sofrido aos 15 anos

A apresentadora contou que foi vítima de abuso íntimo durante um trabalho; ela foi abordada por um grupo de homens.

PUBLICIDADE

Nesta terça-feira, a apresentadora Angélica participou do podcast Quem Pode, Pod, apresentado por Fernanda Paes Lema e Giovanna Ewbank. Durante a entrevista, a esposa de Luciano Hulk relembrou o passado e revelou que foi vítima de assédio aos 15 anos. Ela contou que tinha viajado para França por causa de um trabalho e acabou sendo abordada por um grupo de homens.

A atriz disse que foi para o exterior para fazer um ensaio fotográfico. Angélica contou que estava sozinha e não sabia falar francês quando foi surpreendida pelos rapazes. Na ocasião, ela estava fazendo as fotos ao ar livre quando sofreu o assédio. Segundo a esposa de Hulk, os homens começaram a passar a mão em seu corpo.

Em choque com a situação, Angélica disse que começou a falar em português, mas ninguém entendeu nada. “Eu parada falando para as pessoas: ‘eles estão passando a mão em mim'”, relatou a apresentadora. Sem obter sucesso com seu apelo, a mãe de Eva disse que ficou paralisada e se sentiu violada. “Eu fiquei petrificada ali, vendida”, disse a mulher de Luciano.

Apesar de ser uma história muito triste, a atriz disse que resolveu compartilhar o acontecimento para mostrar para outras mulheres a importância de denunciar o assédio sexual. Giovanna apoiou a posicionamento de Angélica e fez questão de completar dizendo que muitas das vezes a vítima se sente sozinha e não tem coragem de fazer a denúncia. Ela ainda disse que a maioria das vítimas se sentem culpadas pelo que aconteceu, quando não deveriam se sentir dessa forma.

Angélica também ressaltou a importância de famosos e influenciadores falarem sobre temas essenciais como o assédio. A atriz afirmou que é necessário relatar casos como o dela até para educar as gerações mais novas, como forma de mostrar o que é o certo e o que é errado.

A história mencionada pela apresentadora foi exposta pela primeira vez durante uma campanha do Instituto Liberta. A ativista Luciana Temer procurou a atriz para iniciar o projeto que visa recolher cerca de 1 milhão de depoimentos de mulheres que já sofreram algum tipo de abuso sexual.