Antônio Petrin, que interpretou Tenório na versão original de Pantanal, exibida com enorme sucesso pela extinta TV Manchete, em 1990, se recusa terminantemente a fazer qualquer tipo de comentário sobre o remake da trama de Benedito Ruy Barbosa, que alavancou os níveis de audiência da Rede Globo no horário das 21 horas.
Sempre que é procurado para dar a sua opinião a respeito da trama, o ator, educadamente, agradece e pede desculpas sob a alegação de que “Não tenho nenhum interesse em falar sobre Pantanal”.
O ator, no entanto, não revela os motivos da recusa e as causas que o levaram a tomar essa inflexível atitude.
Quando a primeira versão da história foi ao ar, Antônio Petrin, que interpretou Tenório, com características mais perversas, preconceituosas e pesadas, obteve grande destaque na trama através das cenas de constantes discussões com a filha, Guta, papel de Luciane Adami, e da violência com que castrou Alcides, personagem que projetou Ângelo Antônio, após descobrir que o peão estava tendo um envolvimento com sua mulher, Maria Bruaca, interpretada por Ângela Leal.
Na época, devido aos atos de violência do seu personagem, o ator chegou até a ser agredido e a sua residência, em São Paulo, foi apedrejada.
Atualmente com 83 anos, Antônio Petrin ingressou no teatro no decorrer dos anos 60. Devido às suas elogiadas atuações em várias montagens, recebeu diversos prêmios como melhor ator.
Na televisão, marcou presença nos elencos de Malu Mulher e das novelas Esperança e Em Família, além de participações em séries, seriados, minisséries, especiais e até em programas humorísticos e infantis. Seu mais recente trabalho foi em Escrava Mãe, novela exibida em 2016 pela Record TV.