Galvão Bueno contou uma promessa que ele fez para a mãe de Ayrton Senna após a tragédia que aconteceu com o piloto em 1994. O narrador afirmou que Neide Senna disse que não gostaria que o herdeiro retornasse para o Brasil dentro de um bagageiro de avião. Logo, ele conseguiu que o corpo do profissional de Fórmula 1 viajasse na primeira classe.
Na noite de ontem (8), o jornalista falou um pouco sobre as suas memórias na ocasião da morte do atleta, durante entrevista para o podcast PodFalar.
“Dona Neide tinha me dito: ‘eu não quero que meu filho volte como uma bagagem’. E eu prometi a ela que isso não iria acontecer. Nós saímos de Bologna para Paris em um avião da Força Aérea italiana, e o comandante disse: ‘nossos heróis de guerra voltam assim’. Então não tinha como”, explicou ele.
Galvão seguiu dizendo que diante do impasse, ele tentou fazer um acordo com a extinta Varig. Ele e Reginaldo Leme pediram ajuda para o consulado brasileiro que fica na França, mas não tiveram sucesso no pedido.
Em seguida, ele sugeriu que as pessoas que tinham passagem na primeira classe cedessem seus lugares como uma forma de homenagear o piloto. Galvão contou que assim foi feito, o caixão foi colocado nas poltronas com o corpo dele.
Quando o avião pousou no aeroporto de Guarulhos, os soldados da Força Aérea Brasileira fizeram a escolta do caixão. O narrador acrescentou que quando eles desceram, ficou emocionado com o que viu: as pessoas unidas saindo nas ruas para dar o último adeus ao piloto.
Naquele dia, Galvão ainda precisou reunir as suas forças para conseguir falar ao vivo no Jornal Nacional sobre a morte do amigo, e que não sabia nem mesmo o que dizer para as pessoas devido à tanta tristeza.