Maior patrocinador do BBB22 já esteve preso, é ex-investigado e delator da Lava Jato, diz colunista

Dono da maior cota de patrocínio do BBB22, empresário esteve preso em 2017 e 2018 no decorrer da Lava Jato.

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Um Big Brother Brasil morno, sem graça e sem novidades? Não para os anunciantes. Apesar da reclamação do público quanto a falta de tretas dentro da casa, o BBB22 bateu recorde de patrocinadores e a emissora tem em vista uma excelente expectativa de lucro até o final do programa, já que, até o momento, as cotas de patrocínio já superam a casa dos R$ 600 milhões.

No total, 18 patrocinadores se dividiram em 4 cotas e assinaram contrato com a emissora de Roberto Marinho para exibir suas marcas ao público do BBB durante a apresentação do programa. Segundo Fábia Oliveira, colunista do portal de notícias Em Off, boa parte dessas cotas, a maioria, na verdade, se concentra em poder de um único grupo empresarial.

Ex-investigado da Polícia Federal, Joesley Batista, líder do grupo J&F e possuidor da maior parte das cotas de patrocínio do BBB22, segundo informações publicadas pela coluna de Fábia Oliveira, chegou a ser preso em 2017 e 2018, no decorrer da Operação Lava Jato.

O grupo do qual é líder é dono de três grandes marcas presentes constantemente no Big Brother Brasil: a Pic Pay, dona da maior cota disponibilizada aos anunciantes, a Seara e a Doriana, que sempre aparecem em ações e provas do programa.

À época das acusações envolvendo Joesley, ele e o então presidente da Câmara, Eduardo Cunha, foram acusados de integrar um meticuloso esquema de propina em torno da maior produtora de carne do mundo, a JBS, que também é de propriedade do grupo J&F.

No decorrer das investigações, Joesley chegou a afirmar que Michel Temer, então presidente da República, e os ex-presidentes Luíz Inácio Lula da Silva e Dilma Rouseff também mantinham relações com o esquema envolvendo a multinacional.

A prisão do empresário foi decretada em setembro de 2017, porém, foi solto ainda no mesmo ano. Mais tarde, em 2018, um pedido de prisão temporária foi expedido contra Joesley, no decorrer da Operação Capitu, um desdobramento da Lava Jato que visava desarticular um esquema atuante na Câmara dos Deputados e no Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento.