Uma das histórias que ficaram no imaginário popular, desde a primeira exibição da novela Pantanal, em 1990, é a mulher que vira onça. A sofrida Maria Marruá (Juliana Paes) virou uma lenda, como a mãe que vira onça para caçar ou proteger a cria.
Mas o poder de virar onça não começa da noite para o dia na novela das 9 da Globo. Maria Marruá fica cara a cara com o felino quando precisa salvar o marido, Gil (Enrique Diaz). Nesse momento, ela conta que entendeu o animal e sentiu que a onça também pode ver seu coração.
Na sequência de Pantanal, o parto de Juma marca a virada na história de Maria Marruá. Ela deixa a filha recém-nascida ser levada pelo rio, cansada de sofrer pela morte de filhos durante a vida. Contudo, uma sucuri chega perto da bebê, e Maria se vê tomada por uma força que a faz alcançar a canoa, em forma de onça, para salvar a pequena Juma. Gil vê tudo, paralisado ao testemunhar a transformação da esposa.
É assim que a lenda começa a circular pelo pantanal. O boato da mulher-onça nasce justamente por Gil, que conta tudo o que testemunhou aos conhecidos na chalana. E a transformação vira rotina na vida de Maria Marruá quando ela perde o marido e precisa cuidar, sozinha, da pequena Juma, em meio aos perigos e a solidão do pantanal brasileiro.
Onça de Pantanal existe
A estrela que divide o personagem de Maria Marruá com Juliana Paes é a Matí. A onça-pintada mais famosa da novela das 9 tem três anos e vive no Instituto NEX. Matí foi resgatada quando era filhote, ao perder a mãe. Ela foi cuidada por humanos para sobreviver, mas acabou perdendo o seu instinto selvagem e, agora, é estrela de Pantanal.
O instituto que é lar de Matí resgata, reabilita, reintroduz, monitora e abriga as onças há 21 anos. A iniciativa luta contra a extinção da espécie.