A apresentadora Xuxa Meneghel moveu processo contra o pastor evangélico Magno Malta. O ex-senador criticou o lançamento de um livro infantil de Xuxa, em 2020, com temática LGBTQIA+. Na época, Magno Malta publicou um vídeo nas redes sociais em que criticou duramente a obra da apresentadora.
“Deus criou macho e fêmea, e isso não é religião, é ciência”, disparou Malta. O ex-senador também afirmou que criança merece ser respeitada. Malta chamou a história escrita pela eterna rainha dos baixinhos de indigna e esdrúxula.
Xuxa pedia R$ 150 mil de indenização por danos morais. O caso foi julgado pelo juiz Théo Assuar Gragnano. A sentença foi publicada na quinta-feira (7) e trecho foi divulgado pelo site Notícias da TV. Gragnano afirma em seu despacho que Magno Malta exerceu seu direito de crítica.
Em relação ao fato de o ex-senador ter citado o filme Amor, Estranho Amor (1982), em que Xuxa, já adulta, contracena em cena íntima com um garoto de 12 anos, o magistrado entendeu que o comentário de Malta não “caracterizou ilícita violação à honra da demandante”. Segundo o juiz, a cena do filme de fato integra a biografia de Xuxa.
Como em qualquer caso desse tipo, cabe recurso da parte da autora da ação. Xuxa poderá acionar novamente a ação. Magno Malta é apoiador do presidente Jair Bolsonaro – os dois, inclusive, estão no mesmo partido. Xuxa é crítica ferrenha do atual governo federal e já foi criticada e atacada por apoiadores do chefe do Executivo. Atualmente, Xuxa está longe da TV. A última emissora em que trabalhou foi a Record TV.