Olga Malchevska, jornalista ucraniana da rede BCC, ficou sabendo na manhã deste sábado que o edifício onde ficava o apartamento de sua família, em Kiev, foi atacado em meio à guerra entre Rússia e Ucrânia.
Um dia antes, a jornalista havia concordado em ir ao estúdio de TV na manhã seguinte, mas não imaginava que, horas antes, ficaria sabendo que sua antiga residência teria sido bombardeada.
A profissional deu uma entrevista ao vivo a rede BBC News, onde trabalha. Durante a conversa, Olga Malchevska recebeu uma mensagem com notícias de sua mãe, de quem ela não tinha informações até então.
“Eu não achava que o que eu estava vendo era onde eu morava”, disse Malchewska visivelmente emocionada, incapaz de continuar a entrevista. Segundo fontes oficiais, não houve mortes no bombardeio do prédio, mas 150 pessoas foram retiradas de seus apartamentos e algumas tiveram que ser hospitalizadas para atendimento médico.
The moment my
colleaguesees pictures of her family home, partially destroyed overnight inWe did not know until that moment it was her actual building that had been hit.
Thankfully Olga’s family is safe. pic.twitter.com/rglna1tvEA
— Karin Giannone (@KarinBBC)
Neste sábado (26/2), tropas russas continuaram a atacar várias cidades da Ucrânia pelo terceiro dia consecutivo.
Invasão a Ucrânia
As primeiras explosões foram registradas durante a madrugada desta quinta-feira (24/02), no horário local. Tropas russas invadiram o território ucraniano. Vários vídeos já mostram o avanço das tropas de Moscou em Kiev. Neste sábado, o presidente Volodymyr Zelensky prometeu ficar na capital para encorajar a resistência ao ataque.
O conflito aconteceu porque o Kremlin não queria que a Ucrânia se reconciliasse com sua aliança militar ocidental, no qual a OTAN representa. Para o presidente Vladimir Putin, isso permitiria que os EUA construíssem armas, incluindo mísseis, em países que fazem fronteira com a Rússia, o que colocaria Moscou em risco.