Muitos fãs se decepcionaram ao ver que o reboot da franquia dos X-men feita pela FOX estava enveredando por caminhos que levariam a contar novamente a história da Fênix Negra, isso porque essa história havia sido bem contada em X-Men 2 em 2003, utilizado um roteiro bem adaptado em cima da história dos quadrinhos, o que acabou levando para X-Men 3, o confronto final, extremamente criticado à época. Mal sabiam os fãs.
Agora, Sophie Turner, tentando se desvencilhar de seu papel como Sansa Stark, volta ao papel de Jean Grey com a missão de protagonizar uma franquia que já vinha criticada desde a Era de Apocalipse, e que voltou criticada pelos rumos narrativos. Segundo erro: Sophie Turner não tem o carisma nem a maturidade de tela suficiente ainda para tal peso, e se ela sozinha não conseguia segurar o personagem, certamente o roteiro não ajudou: em seu ápice, parecia uma adolescente birrenta fazendo manhã, e não uma pessoa controlada por uma entidade cósmica.
Simon Kinberg, que já tinha errado como roteirista em outros filmes da série como o Confronto Final e a Era de Apocalipse citados anteriormente, além do temível Quarteto Fantástico de 2015, foi premiado com a chance de roteirizar e dirigir esse fiasco da Fênix Negra, que foi a pior avaliação de toda aventura mutante nesses 20 anos de cinema, e causou embargo aos comentários e avaliações do site Rotten Tomato, que custou mais de 350 milhões de dólares e arrecadou pouco mais de 100 milhões.
Narrativa confusa, falta de propósito dos vilões, irreconhecíveis no filme, ausência de nexo entre os personagens e um final medíocre, após matarem um personagem para tentar ter algum enredo fazem desse filme uma verdadeira vergonha para o universo X e para o cinema. Um filme como esse pode ser analisado em alguns aspectos: relevância para a franquia: zero. Bom como filme solo: ainda zero. Valor como remake: negativo. Valor como adaptação de outra mídia: melhor nem entrar nesse campo. Um filme pode ser ruim para a franquia e ainda assim funcionar como filme solo, como é o caso de Deadpool no universo X e que alguns esperam do Coringa, de Joaquim Phoenix. Talvez esse seja um Phoenix Negro que se salve.
Nem tudo são tragédias: a esperada cena do Mercúrio é legalzinha, a caracterização dos erros de Xavier minimamente interessante e todo o tempo de tela de Michael Fassbender em seu perfeito Magneto fazem das quase duas horas algo diferente de uma total perda de tempo. Ah, efeitos interessantes.
O triste será ter esse último capítulo como o remake do que começou interessante em primeira classe, chegou ao seu ápice em Dias de um Futuro Esquecido, e depois veio ladeira abaixo até esse vergonhoso acidente cinematográfico sem sentido nem propósito. Se pensar que a FOX que resgatou os heróis nos cinemas, ficou claro que ela não tem nenhuma condição de continuar trabalhando com eles. Que venha a gestão Disney.