Nada se cria, nada se perde, tudo se transforma. Partindo desse antigo ditado, é fácil entender porque todos aqueles que viram a nova série da Netflix, Elite, fizeram a correlação com alguma outra. The OC, La Casa de Papel, How to Get Away with Murder, Riverdale,, Gossip Girl e até 13 Reasons Why foram as mais lembradas, e não foi por acaso. Elite acaba tirando sua originalidade justamente da mistura de elementos presentes nessas outras séries. Bullying, manipulação, alta sociedade, criminalidade, tensão social, sexo quente e assassinato e suspense fazem parte do cardápio.
No curto seriado de 8 episódios, 3 jovens de escola pública ganham bolsa pra frequentar uma escola de elite, e justamente o choque entre mundos diferentes que acaba por terminar em assassinato, no qual a vítima sequer é identificada em primeiro momento, e o assassino somente é revelado no último episódio. Isso quer dizer que muita gente clica na série para ver uma coisa, e acaba ficando por outros motivos, o que sem dúvida é uma estratégia interessante, pois combina gêneros que nem sempre andam junto e acaba tendo sucesso nessa mistura.
A série é interessante também por se valer de alguns atores que cativaram o público com a série Casa de Papel, e conta com uma produção e direção acima da média, que além de coordenar uma competente equipe de jovens atores promissores, sabe trabalhar música, fotografia e uma narrativa rápida para manter a tensão e o interesse sempre em alta.
Ainda que não seja revolucionária, Elite é muito boa para entreter, trazendo elementos cênicos diferentes de quem está acostumado com os seriados norte-americanos, e apresentar jovens atores e personagens interessantes, além de uma música cativante e original. Certamente vale o tempo e deixa gostinho de quero mais, com dúvida pra uma provável segunda temporada.