Ex-Testemunha de Jeová, Linn da Quebrada foi expulsa da igreja por querer ser quem é, mas se reaproximou de Deus no candomblé

Lina enfrentou muitos preconceitos da família e da comunidade religiosa ao se assumir homossexual.

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Quem assiste ao BBB22 está acompanhando de perto a trajetória da cantora, compositora, atriz, transformista e ativista social brasileira Linn da Quebrada.

Lina Pereira dos Santos é paulistana e cresceu no interior do estado em uma família simples e religiosa.

Linn da Quebrada era Testemunha de Jeová

Lina era Testemunha de Jeová e foi criada por sua tia dentro da igreja de onde foi desassociada aos 17 anos apenas pelo fato de querer ser quem é. Ela enfrentou muitos preconceitos da família e da comunidade religiosa ao se assumir homossexual.

‘Passei uma vida inteira ouvindo que ‘ser viado não é uma coisa legal’, que ser travesti é perigoso e vai trazer problemas. E eu não estou dizendo que é fácil, mas que é possível e lindo ser transviada – é uma possibilidade feliz. Eu venho de uma criação religiosa muito rígida, eu era Testemunha de Jeová, então tive o corpo muito disciplinado, domesticado pela Igreja e pela doutrinação, que me privava dos meus desejos. Era como se ele não me pertencesse. Até eu tomar o bastião de liberdade há alguns anos e me assumir’ conta.

Como castigo por ter sido desassociada (expulsa), segundo a doutrina, Linn não pode sequer conversar com pessoas que frequentavam a igreja e que mantêm a prática religiosa. Abandonar a crença não significa apenas abrir mão de uma religião. Em muitos casos, familiares são orientados a cortar todos os laços com os expulsos, as levando ao total isolamento.

Expulsão e reencontro com Deus e a fé

Em entrevista exclusiva para FFW, Lina revelou que o seu passado religioso a fez se afastar de si mesma. Linn conta que matou Deus dentro de si por culpabilizar os desejos, orientações e as próprias vontades. “Eu tenho me aproximado mais do candomblé, tenho me aproximado mais de cultivar uma espiritualidade que me faça bem, cultivar uma espiritualidade que seja material e concreta e, principalmente, cultivar uma espiritualidade onde o meu corpo seja o meu templo, onde aquilo que cultuo e aquilo que eu cultive seja frutífero, proveitoso pra mim, com as minhas, com as nossas”, contou.

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