Hotel Transilvânia 4 é manual de erros em uma franquia

Quarta parte da história dos monstros deixa para trás todos os motivos pelo qual era interessante.

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A Amazon Prime assumiu a franquia do Hotel Transilvânia e lançou o quarto capítulo diretamente em sua plataforma de streaming, pulando os cinemas. Em tempos de valorização dos canais de filmes, parecia a estratégia ideal, desde que o filme fosse bom.

Hotel Transilvânia 4 começa pecando no enredo, criando um cenário para a transformação de Jhony em monstro, e seguindo a partir dai todas as confusões. Embora fraco, a base de fãs poderia perdoar isso, não fosse todo o resto.

Qual não é a surpresa de todos quando se percebe que Adam Sandler foi substituído? Perde-se talvez a melhor atuação da carreira do ator, que dava vida e cor ao Conde Drácula, ainda que o substituto tenha feito de tudo para tentar imitar e copiar o original. Compreensível, mas deixa na boca aquela percepção de produto falsificado.

Com dois tapas, o expectador segue tentando engolir, mas o ritmo do filme, a atmosfera é diferente. Parece que além de Sandler, outros foram substituídos, e chega um ponto que nem vale mais a pena ver se não foram todos trocados, para tentar evitar a decepção e o desejo de olhar qualquer coisa no celular.

E isso tem um motivo: Genndy Tartakovsky, diretor dos outros 3 longas, e responsável por grandes sucessos da animação como Clone Wars e Samurai Jack também foi substituído, explicando o sentimento de tudo estar errado.

Difícil pensar em algo que se salve: os bons personagens subutilizados, enredo fraco, substituições dolorosas na condução e execução do filme. Com todos esses erros de principiante, Hotel Transilvânia 4 se transforma em um show de horror. E não do tipo divertido.