Falecimento faz apresentador da Globo abandonar programa ao vivo e da rua sofre crime racial

Apresentador da Globo, Manoel Soares, relatou que também foi vítima de ataques de ódio e racismo.

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Manoel Soares, apresentador da TV Globo, decidiu manifestar sua indignação neste sábado (05/02) em relação à morte do trabalhador congolês, no Rio de Janeiro. O crime bárbaro que chocou o Brasil continua repercutindo e o programa É de Casa decidiu mostrar uma manifestação ao vivo que acontecia no quiosque Tropicália onde o imigrante africado foi assassinado após pedir para receber seu pagamento de diárias.

O apresentador Manoel Soares decidiu deixar o programa que estava acontecendo ao vivo para ir ao local acompanhar a manifestação. Entretanto, uma situação envolvendo o artista o revoltou e ele decidiu contar para o Brasil. Indignado, ele mostrou ao público palavras que estavam sendo comentadas nas redes sociais a respeito de Moïse Kabagambe e falou sobre o caso.

“O crime foi assustador, brutal. A gente tá vendo as imagens aí. Vou pedir até carinhosamente… Não vamos mostrar essas imagens agora, não. A galera já deve ter visto”, disse o apresentador Manoel Soares, ao vivo.

Manoel Soares se revolta ao sofrer ataque durante reportagem, após morte de congolês no Rio

Após falar sobre o protesto, Manoel Soares falou sobre sua vontade de ir para a manifestação em memória de Moïse. O apresentador foi até o local enquanto as apresentadoras continuaram com o É de Casa.

Direto da praia da Barra, na zona oeste do Rio, Manoel fez algumas imagens e contou que passou por uma situação ruim. O apresentador disse que abandonou o local e voltou aos estúdios. Ele teria sido vítima de ataques de ódio e racismo.

“Em vários momentos as pessoas passaram e me chamaram de macaco, de preto imbecil e que a Globo deveria me botar na jaula”, expôs o apresentador Manoel Soares.

Ao vivo, o apresentador Manoel Soares se manifestou contra os ataques sofridos. Em protesto, ele pediu justiça à memória do trabalhador imigrante.