Lula assiste JN da cadeia, é atacado por William Bonner, e pede retratação na justiça

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Os telespectadores do Jornal Nacional ficaram surpresos diante de um entrave existente entre a redação do noticiário e o ex-presidente Lula. Na edição desta sexta-feira (23), o âncora William Bonner revelou que o petista exigiu na justiça direito de resposta, por conta de uma citação ao seu nome feita na segunda-feira.

Naquela reportagem, tratando da polêmica relativa às políticas ambientais do Brasil, o Jornal Nacional fez uma comparação entre declarações dadas por Luiz Inácio Lula da Silva, quando era o então presidente, e Jair Bolsonaro, o qual recentemente vem rebatendo as críticas internacionais. O objetivo da comparação foi demonstrar a semelhança dos argumentos utilizados por ambos os presidentes, grandes opositores políticos.

O Jornal Nacional fez ainda questão de corrigir um dado equivocado do então presidente Lula, ao declarar no ano de 2004: “Este país ainda tem 69% da sua mata original preservada, enquanto países ricos que tentam nos dar lição só têm 0,3% das suas florestas preservadas“. De acordo com a reportagem, a informação dada pelo petista estava equivocada, afinal de contas a Europa possui hoje uma cobertura florestal de 42% de seu território, de acordo com os dados levantados pela redação do jornal.

Bonner recorda prisão de Lula

O âncora do JN lembrou ao público que Luiz Inácio Lula da Silva segue preso em uma cela especial na sede da Polícia Federal em Curitiba, Paraná, sob acusações de corrupção passiva e lavagem de dinheiro, e que teria assistido ao telejornal no dia em questão. Ele citou ainda a exigência judicial pelo direito de retratação evocada pela defesa do político, afirmando que a interpretação do ex-presidente a respeito da reportagem de segunda-feira estava equivocada.

JN exibe gráfico do desmatamento

O telejornal exibiu ainda um gráfico, mostrando picos de desmatamento na região amazônica ao longo dos dois primeiros anos do mandato presidencial de Lula. Em seguida, o índice seguiu em queda até o ano de 2012, quando voltou a subir ao longo dos governos Dilma Rousseff e Michel Temer, seguindo em alta até agora na presidência de Jair Bolsonaro.